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Na quinta-feira, dia 31 de julho, acontece o lançamento da publicação “Sistema de Produção de Banana para o Estado do acre”, pela Embrapa Acre, na 46ª edição da Expoacre. A obra apresenta um panorama da cultura no estado e reúne informações e tecnologias desenvolvidas pela pesquisa científica nos últimos 30 anos, para o cultivo da fruta. Disponível em versão online desde 2017, a publicação será lançada no estande da empresa, localizado no espaço “Caminhos do Agronegócio”, às 20h.
Produzido por profissionais de diferentes áreas, o livro aborda as diferentes etapas do cultivo da bananeira, desde a escolha da área, implantação e manejo do bananal, controle de pragas e doenças e manejo dos frutos na colheita e pós-colheita, até informações sobre o mercado da fruta e coeficientes técnicos da cultura que detalham todos os custos da produção e demonstram a viabilidade da atividade, entre outros aspectos relacionados à bananicultura acreana. “Sistematizar em um só lugar um vasto conhecimento técnico, essencial para a cultura, permite contemplar diferentes segmentos em suas distintas necessidades de informação. Dispor desse rico material também em formato impresso pode ajudar a ampliar o acesso”, diz a pesquisadora Sônia Nogueira, uma das editoras técnicas da publicação.
O vasto conteúdo da publicação representa importante fonte de consulta para um público diversificado como pesquisadores, técnicos da extensão rural, estudantes, produtores e profissionais de órgãos de fomento à produção agrícola. As informações disponibilizadas visam, ainda, subsidiar a adoção de critérios necessários à implantação do Sistema de Mitigação de Risco (SMR) da sigatoka-negra no Acre, principal doença da cultura e entrave comercial para a banana acreana. Atualmente, a produção local é comercializada apenas com Rondônia, estado que também não conta com o Sistema de Mitigação de Risco da doença.
Principal frutífera cultivada no Acre, a banana é fonte de trabalho e renda para mais de sete mil famílias rurais. De acordo com dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017 o estado produziu 102.949 toneladas de frutos. Os principais produtores são Acrelândia, Plácido de Castro, Feijó, Tarauacá, Rio Branco e Plácido de Castro. Para fortalecer essa cadeia produtiva, há três décadas a Embrapa investe em ações de pesquisas com foco no desenvolvimento de alternativas tecnológicas para a cultura. Entre os resultados gerados está a recomendação de cinco cultivares de banana resistentes a doenças e mais adaptadas às condições locais de clima e solo (BRS Thap maeo, BRS Preciso, BRS Maravilha, BRS Japira e BRS Pacovan Ken), tecnologias abordadas na publicação.
Para o pesquisador Romeu de Carvalho, que também participa do livro como editor e autor e co-autor de quatro capítulos, o principal diferencial da publicação, em relação a outras publicações do gênero, são as informações sobre o zoneamento para cultivo da banana no estado, com indicação de áreas com aptidão para cultivo. “Conhecer os locais mais apropriados para plantio da fruta ajuda a reduzir riscos na cultura e a garantir a produção, com mais renda para as famílias rurais”, diz.
Segundo Carvalho, a implementação de ações de transferência de tecnologias e atividades de capacitação, pela Embrapa, em parceria com agricultores e instituições de apoio à produção local, nos principais polos produtores, tem contribuído para melhorar o desempenho produtivo dos cultivos. Nos últimos cinco anos, a média de produtividade da cultura no estado aumentou 30 %, saltando de 10 para 13 toneladas de frutos por hectare/ano. Em áreas onde as medidas de controle da sigatoka-negra foram intensificadas, como o município de Acrelândia, principal produtor acreano de banana comprida, o incremento na produtividade chega a 50%.
“Essa evolução é resultado da adoção de procedimentos adequados de manejo da cultura, na implantação e condução dos bananais, como a escolha de áreas indicadas, o uso de espaçamentos adequados entre plantas e de práticas de manejo como adubação, desfolha e desperfilhamento das bananeiras e retirada de mangarás, além de técnicas de controle de pragas e doenças. O livro contempla, em linguagem simples e didática, esses e outros cuidados recomendados pela pesquisa, essenciais para a produção e garantir o sucesso da cultura”, ressalta o pesquisador.
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