Embrapa divulga resultado de oferta pública para licenciamento de produtores de mudas de batata-doce

Licenciamento de cultivares de batata-doce BRS Anembé, BRS Cotinga e CIP BRS Nuti

18.01.2022 | 14:04 (UTC -3)
Embrapa
Licenciamento de cultivares de batata-doce BRS Anembé, BRS Cotinga e CIP BRS Nuti. - Foto: Paula Rodrigues
Licenciamento de cultivares de batata-doce BRS Anembé, BRS Cotinga e CIP BRS Nuti. - Foto: Paula Rodrigues

A Embrapa divulga o resultado da Oferta Pública 14/2021, para licenciamento de cultivares de batata-doce BRS Anembé, BRS Cotinga e CIP BRS Nuti, e publicado no Diário Oficial da União em 12/01/2022. Quatro produtores de mudas manifestaram interesse na aquisição das ramas: Moacir Baldissareli (Marmeleiro/PR), Clona-Gen Comércio de Mudas de Plantas Ltda. (Joinville/SC), Agro Comercial Afubra Ltda. (RS) e Gildo Darci Dias (Ijuí/RS).

Conforme as normas inscritas no documento, outros licenciamentos poderão, se necessário, ocorrer, mediante novos comunicados de oferta, ou mediante aquisição direta de mudas de categoria superior comercializadas diretamente pela Embrapa ou por produtores licenciados autorizados pela empresa, bem como por meio de cooperações técnicas que tenham gerado mudas de categoria superior passíveis de comercialização autorizada/orientada pela Embrapa.

Tecnologia Embrapa

Após o interesse registrado pelos produtores contemplados, segue a etapa da aquisição das ramas, mediante a assinatura do Contrato de Licenciamento para uso da marca “Tecnologia Embrapa” em mudas das cultivares BRS Anembé, BRS Cotinga e CIP BRS Nuti.

Os procedimentos para retirada dos lotes ocorrerão às expensas do produtor no endereço da Embrapa Hortaliças – Rodovia BR 060, Km 218, Brasília-DF, conforme disponibilidade dos lotes e comprovante de pagamento de Guia de Recolhimento da União (GRU) a ser emitida pela Embrapa.

Cultivares

Diferentemente das variedades tradicionalmente plantadas e consumidas no País, as novas cultivares destacam-se pelos tons de roxo e laranja, indicativos do alto teor de compostos bioativos benéficos para a saúde como as antocianinas e o betacaroteno, respectivamente. Semelhantes na cor (casca e polpa roxa), duas cultivares apresentam diferenças relacionadas às respectivas destinações.

Enquanto a BRS Cotinga é recomendada para processamento industrial na forma de chips, farinha, xarope de amido e outros produtos derivados, a BRS Anembé é voltada para o mercado de mesa, em preparos culinários assados como purês, doces caseiros e pães. Já a CIP BRS Nuti, desenvolvida em parceria com o Centro Internacional de la Papa (CIP) do Peru, tem casca e polpa alaranjadas e possui dupla aptidão, podendo atender ambas as finalidades.

Segundo a pesquisadora Larissa Vendrame, coordenadora do programa de melhoramento genético de batata-doce da Embrapa, atualmente, essa cadeia produtiva carece de oferta de cultivares de polpa colorida com alto teor nutritivo, e os poucos materiais disponíveis aos agricultores têm limitação geográfica para o plantio, além de baixa estabilidade de produção e pouca qualidade de raízes.

“Por isso, as novas cultivares disponibilizadas pela pesquisa pública brasileira atendem a uma demanda do setor produtivo, entregando maiores índices de produtividade, melhor qualidade, resistência a doenças, estabilidade de produção e ampla adaptação às diferentes regiões de cultivo do País”, enumera.

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