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Qualificar a produção de mudas: esse foi o objetivo da 3ª Edição do Encontro para Capacitação de Viveiristas de Videira, que reuniu cerca de 70 pessoas na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves (RS) nos dias 24 e 25 de setembro. Viveiristas, agricultores, e estudantes de Norte a Sul do Brasil mergulharam nos conhecimentos apresentados por profissionais da Embrapa Uva e Vinho e Clima Temperado, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As capacitações, que começaram em 2014, são ofertadas a cada dois anos. Conforme Daniel Grohs, agrônomo da Embrapa Uva e Vinho e coordenador do evento, "esta edição foi em resposta às demandas de viveiristas de estados carentes de conhecimento na área, principalmente Goiás, São Paulo e Mato Grosso”. Para Luiz Marcelo Alves da Silva, agrônomo da Petromudas, um dos viveiros licenciados pela Embrapa em Petrolina, no estado de Pernambuco, que já tem experiência na área, a importância do conhecimento profundo sobre a propagação das videiras vai desde a escolha dos porta-enxertos ideais para cada cultivar produtora até o manejo das mudas conforme a época do ano. Participantes como Giuliana Ribeiro da Silva, engenheira agrônoma da Fazenda Planalto em Ponte Alta do Tocantins - TO, perceberam que “a qualidade da muda é o berço para cultivos de sucesso” assim como resumiu Daniel Grohs: "O sucesso de um parreiral, com boa produção de uvas, começa com uma muda de qualidade, que poderá ser adquirida num viveirista ou produzida na propriedade, desde que condições técnicas importantes sejam postas em prática".
O uso de mudas enxertadas no cultivo da uva é uma tradição mundial desde o século 17. No Brasil, a prática foi introduzida com a importação das primeiras cultivares de Vitis vinifera. Com a prática foi possível ampliar o cultivo a diferentes regiões, garantindo a produtividade dos parreirais. A produção da muda de qualidade começa desde a origem do material genético básico, passando pela enxertia até o enraizamento. Existem etapas críticas ao longo deste processo, as quais são obrigatórias para a obtenção de uma boa muda. Mesmo assim, ao final do processo, o viticultor, ao adquirir a muda, não deve deixar de realizar a vistoria do material, levando em conta parâmetros técnicos, exigindo a qualidade da muda.
O projeto "Mudas de qualidade superior", conduzido no âmbito da Rede de Inovação em Viticultura (Recivitis/Sibratec), com financiamento da Finep, começou em 2013, numa parceria entre a Associação Gaúcha dos Produtores de Mudas de Videira, a Embrapa e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin). Este projeto serviu como suporte técnico ao Licenciamento de cultivares da Embrapa, atividade de rotina da empresa cujo objetivo é disponibilizar material básico de alta sanidade ao setor produtivo. Com o projeto “Mudas de Qualidade”, as duas atividades se complementaram oferecendo mudas de videira com qualidade fitossanitária no Brasil, a partir da melhoria técnica dos viveiros comerciais. Atualmente, as ações conjuntas já garantiram o credenciamento de 12 viveiristas em cinco estados brasileiros.
Conheça a programação do evento clicando aqui.
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