Economist Intelligence Unit adiciona ao Índice Global de Segurança Alimentar fator trimestral de ajuste de preços

17.10.2012 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Nesta quarta-feira (17) o Economist Intelligence Unit (EIU) apresentou uma nova ferramenta para a análise de segurança alimentar em 105 nações: o Fator de Ajuste de Preços. Segundo dados do relatório, o preço das commodities mundiais reduziu ligeiramente a segurança alimentar das nações, cujo desempenho será atualizado a cada três meses no Índice Global de Segurança Alimentar, produzido pela mesma instituição e patrocinado pela DuPont. A ferramenta interativa está disponível em

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O Fator de Ajuste de Preços avalia o impacto das variações nos preços dos alimentos e o crescimento da renda da população ao longo do tempo. Em resposta ao aumento do custo dos alimentos, principalmente em junho deste ano, o índice registrou um ligeiro declínio na segurança alimentar global.

"Trata-se de uma ferramenta inovadora e que vai nos ajudar a entender melhor as causas da fome", disse James C. Borel, vice-presidente executivo da DuPont. "A estiagem registrada este ano teve um amplo alcance e saber onde os impactos são maiores pode ajudar a concentrar esforços onde for mais necessário."

O Banco Mundial estima que os altos preços dos alimentos levaram 44 milhões de pessoas para abaixo da linha de pobreza em todo o mundo, a maioria delas em países pobres. Nos Estados Unidos, quase 15% dos lares passaram por experiências de insegurança alimentar em 2011.

"Muitos fatores afetam o preço dos alimentos, desde a crescente demanda nos mercados emergentes até mudanças bruscas no clima", explica Leo Abruzzese, diretor de previsões globais da EIU. "O Fator de Ajuste de Preços avaliará trimestralmente o impacto das mudanças de preços sobre a capacidade de um país de arcar com o custo dos alimentos. Os preços elevados e voláteis podem afetar a segurança alimentar, limitando o poder de compra dos consumidores".

Questões ambientais e relacionadas ao clima global, principalmente a estiagem, desafiaram os agricultores em 2012 e têm sido associadas à segurança alimentar e ao aumento nos preços das commodities agrícolas. Nos Estados Unidos, 78% das áreas cultivadas foram afetadas, elevando os custos das commodities – que bateram recordes de preço – e da ração para alimentar o gado. Ainda que a estiagem deste ano tenha sido devastadora para os agricultores, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) registrou a segunda maior safra de milho globalmente, além das segunda e terceira maiores safras de arroz e soja, respectivamente.

Apesar do novo Fator de Ajuste de Preços, o Brasil mantém a 31ª posição no Índice Global de Segurança Alimentar. No entanto, o país registra uma queda de 1,9 na nota final, alcançando a marca de 65,7 (o índice classifica as nações de 0 – 100). Outros países também registraram queda na nota final devido ao aumento dos preços das commodities agrícolas, afetando o acesso aos alimentos.

Quando analisado apenas o desempenho dos países da América Latina, o Brasil mantém a terceira posição. Chile e México ocupam o primeiro e segundo lugar na região, respectivamente (mesmas posições em julho de 2012, data de lançamento do índice).

O Índice Global de Segurança Alimentar e seu Fator de Ajuste de Preços foram criados pela EIU a partir de informações e recomendações de importantes especialistas internacionais em política agrícola e alimentar. O índice aborda os fatores subjacentes à insegurança alimentar em 105 países e aponta áreas de melhoria e reformas. A ferramenta interativa está disponível no site

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