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A DVA Group, multinacional com sede em Hamburgo, na Alemanha, acaba de inaugurar dois novos centros de pesquisa. Um deles fica no Parque Industrial Pilar, Provincia de Buenos Aires e a outra unidade no Brasil, em Hortolândia, interior paulista. As duas estruturas fazem parte do investimento de US$ 200 milhões previstos para até final de 2025. A ação integra um projeto de expansão da atuação no agronegócio destes países envolvendo registros de produtos, contratação de pessoas, estrutura, lançamento de portfólio e outros.
Os investimentos planejados pela DVA Agro nos próximos 5 anos estão alinhados com os “Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”. “Conhecemos nossa responsabilidade como empresa dentro de um cenário global como foco nos 17 objetivos das Nações Unidas e estamos implementando uma estratégia de acordo, desenvolvendo soluções com foco em diminuição de emissão de CO2, aumento de eficiência e eficácia, etc. Enfim materializar as metas globais da ONU em soluções para quem nos alimenta”, afirma, João Aleixo, diretor Global para o Agro da DVA.
O pacote de recursos investidos na Latam, em especial os novos espaços para P&D&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), apontam para uma vertente dentro da multinacional, que é a de se tornar um player em pesquisa e inovação. “No passado éramos uma empresa focada em commodities, com produtos iguais aos que já havia no mercado. Agora queremos ir mais longe e sermos referência em inovação, especialmente em produtos mais amigáveis à saúde e ao meio ambiente”, aponta Marina Martin Flesia, responsável pelo laboratório na Argentina.
Os dois novos laboratórios vão proporcionar mais robustez aos projetos de desenvolvimento de produtos. Ambos se somam aos do México com foco em nutrição humana, além de centro de pesquisa e controle de qualidade em Shanghai na China e, mais recentemente um outro na Espanha com trabalhos em nutrição de plantas e defensivos biológicos. “A DVA está buscando se desenvolver de maneira global, com integração entre os Países, porém com as particularidades de cada região produtora. Todos os laboratórios devem trabalhar de forma sinérgica para que seja desenvolvida uma melhor solução que contemple nutrição de planta, proteção, aplicação, além de saúde e a preocupação com o meio ambiente”, destaca Marina.
O centro de pesquisa da Argentina está totalmente voltado para o desenvolvimento de formulações diferenciadas, com combinações exclusivas de ingredientes ativos. “Nosso foco é desenvolver diferentes protótipos de produtos, alterando tipos de formulações e componentes nas fórmulas desenvolvidas. Verificamos se haverá qualidade físico-química ao longo do tempo, garantindo produtos estáveis por todo tempo de vida de prateleira. Depois do desenvolvimento dos melhores protótipos de formulações, entra a equipe no Brasil”, pontua a profissional argentina.
Após isso, o processo chega até a Natália Gonçalves, líder global de P&D&I e Especialidades Químicas na DVA Group. “Esses protótipos desenvolvidos na Argentina chegam ao laboratório de aplicações em Hortolândia. Realizamos, então, testes comparativos entre estes protótipos, escolhemos a partir dos resultados qual que a melhor fórmula e melhor atende cada região”, explica.
Antes, os desenvolvimentos de formulações eram terceirizados em instituições de pesquisa, empresas e parceiros. “Com certeza ganhamos flexibilidade e agilidade para entregar a melhor solução ao campo. Em média, poderemos desenvolver entre 12 e 15 novos produtos muito inovadores para proteção de cultivos por ano. Além de avaliar inúmeras combinações destes produtos com os adjuvantes, fertilizantes e produtos biológicos da linha DVA, garantindo a melhor aplicação a campo”, detalha Natália.
O laboratório em Pilar- Argentina foi implementado junto à planta de formulação da DVA Argentina. O local foi escolhido para que o desenvolvimento das novas formulações seja realizado em conformidade com a tecnologia fabril. “Durante o processo de desenvolvimento, uma etapa fundamental é entender e adaptar a planta de produção para estas novas tecnologias que estão por vir. É primordial que toda inovação desenvolvida em escala laboratorial seja reproduzida em escala industrial, o que garante a qualidade e robustez de nossos produtos”, destaca a líder global.
No Brasil, a região de Hortolândia é estratégica. “Esta região é reconhecida por abrigar um grande polo agroindustrial, além de Universidades e Centros de Pesquisas importante para o mercado. Com nossos dois laboratórios finalizados em Abril de 2021, a ideia agora é iniciarmos programas de estágios para trabalhar em ambos os locais", relata Natália.
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