CNH enfrenta desafios no 3º Trimestre de 2024
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Entomologistas da Universidade de Maryland descobriram um raro caso de cooperação entre duas espécies de fungos que parasitam e matam insetos. Ao contrário do esperado confronto mortal, duas espécies de fungos do gênero Metarhizium, amplamente encontradas no solo, revelaram um comportamento intrigante: ao invés de competirem pelo mesmo inseto, elas "dividem" seu hospedeiro de maneira ordenada e cooperativa.
O trabalhou foi conduzido pelo professor Raymond St. Leger e pela doutoranda Huiyu Sheng, ambos do Departamento de Entomologia da Universidade de Maryland.
“Aqui, não é a sobrevivência do mais apto, mas sim dos que conseguem coexistir”, explica St. Leger. Esse comportamento de divisão territorial sugere que, para certas espécies, a chave para o sucesso evolutivo não está na eliminação do concorrente, mas em encontrar maneiras de coexistir pacificamente.
Os pesquisadores focaram em duas cepas específicas: Metarhizium robertsii (Mr2575) e Metarhizium anisopliae (Ma549). Por meio de técnicas de imagem, observaram que, ao colonizar insetos, cada fungo se estabelecia em uma região específica do corpo do hospedeiro.
O Mr2575 invadia as regiões anteriores, enquanto o Ma549 colonizava as regiões posteriores, criando uma linha de divisão nítida entre as duas áreas.
Esse padrão foi mantido em diversos tipos de hospedeiros, de lagartas a moscas. A clareza dessa separação surpreendeu os cientistas. “A precisão dessa divisão entre os fungos é estranhamente precisa”, comentou St. Leger, que espera entender como cada espécie se adapta a essa cooperação e quais mecanismos sustentam essa divisão.
Os resultados do estudo podem ter implicações significativas para a agricultura. Metarhizium é reconhecido por sua habilidade de proteger plantas e controlar populações de insetos prejudiciais de forma natural. “Esses fungos são verdadeiras espécies-chave, essenciais para a saúde das plantas e o controle de pragas,” destaca St. Leger.
Ao entender como diferentes cepas interagem, os cientistas podem desenvolver métodos mais eficientes e sustentáveis para o controle de pragas. “A natureza já nos mostra há muito tempo que a diversidade é a chave para a resiliência”, explica o pesquisador.
A divisão do espaço entre Mr2575 e Ma549 sugere que os fungos evoluíram para maximizar suas oportunidades sem prejudicar uns aos outros.
O Mr2575, que possui uma maior afinidade com raízes de plantas em solos pobres, ganha vantagem em ambientes com recursos limitados.
Em contraste, o Ma549 mostra um crescimento mais rápido em hospedeiros vivos, estratégia eficaz em insetos maiores, em que a competição é intensa.
St. Leger acredita que essa “estratégia de partilha” desafia o paradigma tradicional de que a sobrevivência depende de uma competição intensa. Em vez disso, a evolução favorece uma divisão inteligente dos recursos. “Às vezes, aprender a compartilhar é o segredo para prosperar,” reflete o professor.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1371/journal.ppat.1012639
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