Digitalização da colheita de soja com o uso da plataforma EKOS apresenta impacto positivo na rentabilidade da operação
Mais de 200 colhedoras de grãos multimarcas na região centro-oeste estão conectadas, via 4G, à plataforma de Gestão de Operações EKOS e podem ser acompanhadas online
02.02.2022 | 13:30 (UTC -3)
Fernanda Cicillini
A colheita da safra 21/22 de soja já está em andamento no centro-oeste brasileiro e, mais uma vez, a Jacto Next - área de serviços da Jacto - tem tido participação especial nesse processo, entregando serviços em Agricultura 4.0 aos clientes do EKOS, plataforma que permite a gestão online das operações, desde o planejamento e acompanhamento até o monitoramento da execução, permitindo realizar intervenções sempre que necessário e definir indicadores para a melhoria e manutenção da qualidade das operações agrícolas.
A utilização dessa plataforma torna a gestão a vista fácil e assertiva. É possível acompanhar o desempenho de todo o parque de máquinas multimarcas envolvidos nas operações, desde o preparo de solo até a colheita. Atualmente, mais de 200 colhedoras de grãos envolvidas no processo estão conectadas, via 4G, à plataforma EKOS e podem ser acompanhadas online.
Diversos dados, de inúmeros sensores presentes nas colhedoras, são digitalizados na operação da colheita e enviados de forma online, desde a umidade do grão até a altura e status da plataforma. Esses dados geram informações valiosas que afetam, dentre outros fatores, a qualidade do produto colhido. A umidade do grão, por exemplo, influencia diretamente na ocorrência de danos mecânicos e por amassamento, acarretando perdas de colheita.
“Por meio destes dados, são geradas informações referentes à eficiência e rendimento operacional, velocidade na operação e deslocamento, performance dos operadores e equipe, consumo de combustível (litros/ha e litros/h), embuchamentos, motivos de paradas, produtividade em sacas/ha, entre outros. Estas informações podem ser visualizadas em mapas temáticos e gráficos indicadores que são disponibilizados na plataforma EKOS, inserida no ecossistema digital Jacto Connect, facilitando ainda mais a interpretação e o acesso pelo produtor”, explica Felippe Antonelle Gonçalves, gerente de negócios da Jacto Next.
Monitoramento online
Além de automatizar a aquisição e transmissão de dados e facilitar a interpretação das informações geradas, outro benefício do EKOS é que ele também pode ser acessado pelo aplicativo mobile Jacto Connect, sendo que os dados gerados podem ser visualizados remotamente, de qualquer lugar com acesso à internet.
A plataforma EKOS permite monitorar todas as operações agrícolas, como semeadura, pulverização, aplicação de fertilizantes e colheita, enquanto ainda estão sendo executadas, ou seja, é possível acompanhar o que acontece em cada ponto da propriedade, 24 horas por dia, durante os 7 dias da semana.
Outra importante funcionalidade do EKOS é que o operador consegue fazer todos os apontamentos de parada da máquina diretamente da cabine, especificando os motivos, seja por causa do clima, por embuchamento, entre outros. A partir destes apontamentos são gerados mapas/relatórios, por meio dos quais podem ser avaliadas as frequências de paradas e os principais motivos apontados. Além disso, o operador recebe, através da plataforma, todos os alertas operacionais, como excesso de velocidade, alertas administrativos, como divergências na área de aplicação e, ainda, alertas relacionados a telemetria, que englobam, por exemplo, superaquecimentos do motor da máquina. Essas informações são essenciais para o gerenciamento e monitoramento da lavoura.
Este monitoramento torna possível alcançar maior capacidade operacional e mais eficiência nas operações, visto que o agricultor/gestor tem um conhecimento amplo e detalhado da operação. Além disso, é possível correlacionar as informações geradas, como a velocidade na operação e o consumo de combustível, como mostra a imagem abaixo. A análise dessas informações permite tomadas de decisões mais assertivas, que inclui a realocação de máquinas e alterações de parâmetros operacionais, como a definição da velocidade, dentro de uma faixa pré-estabelecida para a operação, que proporciona menor consumo de combustível, por exemplo, contribuindo para melhorar a rentabilidade da operação.
Facilidade
A informação obtida pela captura dos dados mostra a importância da conectividade e do sistema de gestão de operações dentro da porteira e, neste aspecto, a plataforma EKOS tem se destacado em virtude da sua simplicidade, principalmente, na comparação de mapas gerados em operações distintas para investigar a correlação de um mapa/operação com o outro. Além disso, novas funcionalidades estão sendo constantemente desenvolvidas a fim de subsidiar cada vez mais o produtor com informações importantes que contribuirão para melhorar a gestão de todos envolvidos no agronegócio, desde máquinas até recursos humanos.
De forma geral, a colheita é uma das principais operações agrícolas, pois reflete todo o manejo aplicado na lavoura, além de influenciar diretamente na lucratividade final da cultura. Nesse sentido, a geração dos mapas de produtividade é uma das principais ferramentas de gestão agrícola, pois permite inferir informações relevantes, em conjunto com outros mapas gerados em outras operações, como o plantio por exemplo. Por meio da análise conjunta dos dois mapas é possível observar a magnitude dos efeitos proporcionados por diversos fatores, como a variação na densidade de plantas, falhas de plantio, alta velocidade nas operações, entre outros, permitindo ao agricultor atuar somente sobre aqueles que são realmente significativos. Na imagem abaixo, por exemplo, é possível constatar que a variabilidade na população de plantas estabelecida no plantio não influenciou significativamente a produtividade, o que pode estar relacionado a plasticidade da cultura.
É muito comum encontrar, dentro da mesma área agrícola, variabilidade na produtividade final, como exemplifica a imagem abaixo. Por meio dos mapas de produtividade, gerados no EKOS, é possível investigar as causas desta variabilidade, guiando as amostragens, para a delimitação das zonas de manejo e produção de mapas de lucro. Além disso, a geração de mapas anuais de produtividade gera um histórico da lavoura, o que permite avaliar a variabilidade observada dentro de um mesmo talhão ao longo do tempo. Por fim, pode-se dizer que os mapas gerados são diretrizes para a aplicação de um manejo racional de insumos, o que aumenta a rentabilidade da operação e da atividade agrícola.
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