Dia de Campo sobre Cultivo de Abóbora Cabotiá acontece no dia 25 de maio

Programação será voltada para a apresentação de tecnologias e manejos para aumentar a produtividade nas lavouras

08.05.2024 | 14:08 (UTC -3)
Caio Albuquerque

Em 25 de maio de 2024, a partir das 08h, ocorrerá a 11ª edição do SolidarESA Luiz de Queiroz, projeto organizado pela Casa do Produtor Rural e pelo Departamento de Genética da Esalq/USP. O tema deste ano é o "Cultivo de Abóbora Cabotiá", que está em ascensão no Brasil, principalmente devido às suas qualidades agronômicas, como resistência, precocidade, uniformidade e alto potencial de produção.

O evento contará com palestras e atividades práticas no campo, que proporcionarão aos participantes uma visão abrangente da cultura, começando por suas origens até os fatores de produção, controle biológico de pragas, doenças relevantes que afetam as cucurbitáceas, até os sistemas de irrigação mais eficazes para otimizar o uso da água. O Dia de Campo é gratuito e destinado a agricultores, profissionais do setor e estudantes da área de Ciências Agrárias.

O professor Antônio Ismael Inácio Cardoso, da Universidade Estadual Paulista - Unesp, convidado para ministrar a palestra “Abóbora Cabotiá: Manejo e Tratos Culturais” possui vasto conhecimento sobre essa cultura agrícola. Ele irá compartilhar técnicas inovadoras e práticas sustentáveis que contribuirão significativamente para o cultivo bem-sucedido da abóbora.

No plantio alguns aspectos devem ser levados em conta como a definição do mercado que se deseja atingir e a escolha da cultivar adequada para cada região. É viável cultivá-la ao longo de todo o ano, porém é crucial evitar o plantio e o desenvolvimento durante períodos de temperaturas muito baixas e clima seco. Com os cuidados apropriados, a abóbora se ajusta bem a diversos tipos de solo, sendo uma excelente alternativa para a rotação de culturas.

Com o uso de tecnologias e considerando as características de cada variedade, é possível atingir uma produtividade média entre 8 e 20 toneladas por hectare, o que beneficia a economia de diversas regiões do país.

De acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os maiores produtores de abóbora no país são Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Bahia, Paraná e Santa Catarina, representando juntos 84% do total comercializado.

Um dos desafios dessa cultura é a presença de plantas macho-estéreis, ou seja, para se obter frutos, as plantações precisam de outras espécies de abóboras ou morangas para realizar a polinização, ou então recorrer ao uso de fitormônios para estimular a frutificação artificialmente. Vale ressaltar que é essencial sincronizar os plantios para garantir que a planta polinizadora floresça ao mesmo tempo que a abóbora japonesa.

Abóbora cabotiá como alternativa de renda

Uma planta de abóbora geralmente gera três frutos de 2,5 kg, com um espaçamento de 3 metros por 1 metro. Com essas condições, a produção pode chegar a 20 toneladas por hectare, além da colheita da moranga polinizadora. A quantidade produzida pode variar conforme o período de plantio, o tipo de híbrido, o espaçamento e o nível de tecnologia empregado.

Um outro fator importante é que as abóboras e morangas têm um longo período pós-colheita, o que permite que seus frutos sejam armazenados por até aproximadamente 3 meses em locais sombreados e secos.

O retorno sobre o investimento é elevado devido à alta demanda no mercado interno e ao fato de a abóbora fazer parte dos produtos agrícolas de exportação brasileira. É amplamente empregada em várias áreas, como indústria, alimentação e medicina.

Benefícios

Além de seu alto valor nutricional, a cabotiá é rica em betacaroteno, um antioxidante essencial, juntamente com fibras, sais minerais e vitaminas do complexo B e C. Esses elementos contribuem de forma significativa para a excelente aceitação desse alimento pelos consumidores.

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