Com recorde de público, Fórum Abisolo 2019 concilia conhecimento e negócios
Evento foi promovido pela Abisolo, em Campinas/SP, atraiu cerca de 600 congressistas, além de 38 empresas expositoras. Próxima edição está agendada para 2021
A Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros do DF e Entorno (Asphor) e o Sindicato dos Floricultores, Fruticultores e Horticultores do DF (Sindifort) estão selecionando agricultores interessados em produzir uva no Distrito Federal. A parceria do sindicato com o Serviço Nacional de Aprendizagem Geral (Senar-DF) vai levar assistência técnica para apoiar o cultivo.
“Fechamos essa parceria para capacitar a área do DF na produção de uva”, explica a presidente da Asphor e do Sindifort, Sandra Vitoriano. “Quem entrar no projeto vai receber ajuda para produzir e empreender com qualidade, pois é um cultivo caro”.
A vantagem de cultivar uvas em áreas de clima quente, orienta Sandra, está no aumento da produtividade. “O clima frio do Rio Grande do Sul possibilita que se tenha apenas uma safra de uvas por ano. O Distrito Federal, por ter um clima mais quente, permite até duas safras. Temos um grande potencial para fruticultura, pois a cidade produz menos da metade das frutas que consome e os cultivos implantados na região têm apresentado produção e qualidade cada vez maiores.”
Silvio Venturoli é um dos produtores que está apostando no plantio de uva. Em 2018, plantou meio hectare, o que corresponde a mais de 500 pés. Ele investiu em torno de R$ 9 mil na empreitada e pretende vender mudas e a fruta in natura. “Este ano vai ser o primeiro de safra e estamos esperando para enxertar novas mudas”, conta. “Utilizamos a mesma tecnologia que está sendo empregada no Vale do São Francisco.” Atualmente trabalhando com a chamada uva de mesa, o produtor estuda o plantio da uva vinífera, como a Shiraz (ou Syrah).
Venturoli explica que o investimento inicial no cultivo de uvas é alto. Ele alerta que é necessário investir em bons materiais, que garantem a sustentabilidade necessária às parreiras, pois as frutas começam a crescer e a pesar. “Caso a estrutura não seja forte o suficiente, tudo pode vir abaixo”, salienta.
O superintendente do Senar-DF, Everaldo Firmino, disse que quase 90% da uva que entra no DF chega de outros estados. “Podemos aproveitar o potencial da fruta in natura e o da produção de vinho”, adianta. “Já temos um produtor do entorno que faz um vinho de qualidade. Vamos ajudar a estruturar esse grupo de produtores e fazer um levantamento da viabilidade econômica da produção”. O Senar-DF vai oferecer assistência técnica, palestras e um levantamento de mercado para os produtores que aderirem ao projeto.
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