AgroBrasília completa em 2017 uma década como referência para o setor
A AgroBrasília chega a dez anos de vida em 2017, reforçando seu espaço como ponto de encontro do setor produtivo.
O lançamento de um grande projeto de pesquisa para a cana-de-açúcar e outras culturas que possam atender o mercado de energias renováveis reuniu cientistas de 22 instituições públicas, na semana passada, no Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Trata-se do Programa Plurianual Integrado de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em Cana-de-açúcar (Pluricana), financiado pela Finep.
O projeto, que é liderado pela Embrapa, agrega ações que vão desde a introdução e quarentena de plantas até o melhoramento genético convencional e assistido, sistemas de produção e biologia avançada em cana-de-açúcar. Além disso, vai buscar soluções para a cogeração de energia, com culturas como Arundo donax (cana gigante), capim-elefante, casca de coco-verde e sorgo sacarino. Estão contempladas também ações na produção de sorgo sacarino e de sorgo biomassa, bem como pesquisas com Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e fitossanidade desta cultura, da cana-de-açúcar e de capim-elefante. O projeto ainda prevê recursos para ampliação e manutenção das estações de cruzamento da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa) e do Instituto Agronônico (IAC).
De acordo com o pesquisador da Embrapa Agroenergia e coordenador-geral do Pluricana, Hugo Molinari, a iniciativa vai beneficiar o avanço das pesquisas públicas com cana-de-açúcar e biomassas agroenergéticas. Ele destaca que o projeto será executado em quase todo o Brasil por pesquisadores de sete unidades Embrapa (Agrobiologia, Agroenergia, Cerrados, Clima Temperado, Informática Agropecuária, Milho e Sorgo e Tabuleiros Costeiros), Ridesa, IAC, Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR). “É um projeto que beneficia todos os grupos que trabalham com melhoramento genético da cana na esfera de instituições oficiais”, diz Marcos Landell, diretor do Centro de Cana do Instituto Agronômico de Campinas/Ribeirão Preto.
O Lançamento
O coordenador da Agência Paulista de Tecnologia de Agronegócios (Apta), Orlando Castro, abriu o evento, destacando a importância de instituições públicas estarem reunidas no desenvolvimento de pesquisa em uma cultura de grande importância econômica para o País, como é o caso da cana. Em seguida, Landell comentou que o evento de lançamento do Pluricana fez parte das comemorações do aniversário de 130 anos do IAC.
O projeto, que terá duração de dois anos e meio, foi escolhido pela Fundação Arthur Bernardes (Funarbe) como piloto para testar a nova versão de seu sistema de gestão informatizado (Agrega), conta Molinari. “Fomos escolhidos devido à complexidade de gestão da rede e instituições parceiras envolvidas”, destacou.
Segundo o pesquisador da Embrapa Clima Temperado Sérgio Delmar, responsável pelo grupo de melhoramento genético, a evolução desta parceria, concretiza a formação dos grupos de pesquisa. “Integrá-los é nosso principal desafio para atingir o objetivo maior, que é um grande programa de P&DI em cana-de-açúcar conduzido por esta rede de instituições públicas de alta competência”, diz o pesquisador.
Com a formação desta rede, salienta Delmar, “podemos garantir nossos projetos por muitos anos, gerando ciência, tecnologia e formação de recursos humanos”. “Temos muitas oportunidades com esta rede, multi-institucional e multidisciplinar, para responder às demandas e oferecer novas tecnologias ao setor sucroalcooleiro energético”, conclui.
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