Pesquisadores desenvolvem sistema mecanizado que facilita produção de gliricídia
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A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), por meio do Departamento de Defesa Vegetal (DDV), está acompanhando o ingresso de mudas e outros materiais propagativos de plantas cítricas no Rio Grande do Sul, pondo em prática o determinado pela Instrução Normativa 14/2024. O documento, publicado ao final de maio, estabelece ações para Defesa Sanitária Vegetal visando à proteção e ao desenvolvimento da citricultura gaúcha, com prazo de 60 dias para entrar em vigor.
Nesta semana, equipe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal (DDSV) acompanhou a chegada de 800 mudas de citros, oriundas de Santa Catarina, com destino à Região Metropolitana. "Analisamos a documentação e acompanhamos o descarregamento das mudas, para fazer uma coleta de análise que confirme a veracidade das informações constantes na documentação", explica a chefe da DDSV, Rita Antochevis.
O passo-a-passo para o ingresso de mudas ou qualquer outro material propagativo de citros produzidos fora do Rio Grande do Sul está disposto no informativo elaborado pela DDSV. O objetivo é impedir a entrada de doenças e pragas, associadas à cultura, no território gaúcho, como Clorose Variegada dos Citros, gomose, cancro cítrico, pinta-preta e o HLB/Greening. Esta última, causada pela bactéria Candidatus liberibacter, vem ocasionando grandes perdas na citricultura, mas ainda não foi registrada no Estado.
"Além desses procedimentos, é muito importante que todos os produtores comerciais de citros que tenham mais de 50 plantas, ou produtores de material de propagação, cadastrem suas propriedades e produção junto à Secretaria, por meio do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA)", complementa Rita. O acesso ao sistema pode ser requisitado aos escritórios ou inspetorias de defesa agropecuária locais.
A Seapi realizou, de outubro de 2023 a abril de 2024, um monitoramento da ocorrência de Diaphorina citri, inseto vetor de HLB/Greening, em pomares de citros do Estado. Foram 199 pontos de amostragem, com análise de mais de 2,5 mil armadilhas adesivas, em 95 propriedades de 42 municípios. A presença do inseto foi detectada em cinco propriedades de três municípios, ou 5,2% da amostragem. Foram capturados 89 insetos para análise da presença da bactéria causadora do HLB/Greening. "Todos deram negativo", conclui Rita.
A Seapi convida as Secretarias Municipais de Agricultura a integrarem o Plano Estadual de Exclusão e Contingência ao HLB/Greening. "A ação é no sentido de monitorar os sintomas da doença e o inseto vetor, com o uso de armadilhas adesivas amarelas, tanto em pomares comerciais quanto em viveiros e pomares domésticos. A Seapi treina e orienta os municípios a realizar esta atividade", detalha a chefe da DDSV. A solicitação de parceria pelas secretarias pode ser feita pelo e-mail defesavegetal@agricultura.rs.gov.br.
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