Defesa Agropecuária do Paraná reforça prevenção contra pragas com capacitação de servidores

Treinamento busca reforçar medidas previstas na Portaria 129/2024, que estabelece procedimentos para a entrada de máquinas e implementos agrícolas no Estado

26.06.2024 | 16:55 (UTC -3)
Adapar
Foto: divulgação
Foto: divulgação

Com o objetivo de fortalecer as medidas de prevenção contra Amarathus palmeri no Estado do Paraná, a Agência de Defesa Agropecuária promove uma capacitação para seus servidores de inspeção de colheitadeiras. O treinamento está sendo ministrado pelo Sistema Faep/Senar-PR e teve início na última segunda-feira (24), com previsão de término para o dia 12 de julho. As atividades ocorrem no Centro de Treinamento Agropecuário (CTA) da Faep/Senar-PR em Assis Chateaubriand, na região oeste do Estado.

O treinamento está dividido em quatro turmas, e cada uma delas é composta por cerca de 15 participantes, totalizando 60 servidores. O Chefe do Departamento de Sanidade Vegetal (DESV), Renato Rezende Young Blood, reafirma a importância da capacitação para a defesa agropecuária paranaense: “Ressaltamos a importância desta capacitação para a aplicação da Portaria Adapar nº 129/2024 pelos servidores, como parte das ações visando mitigar o risco de introdução de Amarathus palmeri no Paraná. ” O chefe do DESV da Adapar também enfatiza que a detecção da praga no Estado do Mato Grosso do Sul, aliada à ausência de registros no Paraná, ratifica a necessidade de aprimorar as ações preventivas.

Amaranthus - a planta daninha Amaranthus palmeri está presente no Brasil desde 2015, mas ainda não foi registrada no Paraná. Relatos indicam que uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes. Um controle inadequado pode até inviabilizar a colheita, aumentando o uso de herbicidas e os custos de produção, com potencial para causar grandes prejuízos à agricultura paranaense. Renato aponta: “A Amaranthus palmeri está entre as pragas consideradas de maior risco fitossanitário para o país, conforme hierarquização estabelecida no documento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ”.

A disseminação de plantas daninhas resistentes a herbicidas no Brasil ocorre principalmente pelo trânsito de máquinas e implementos agrícolas com solo aderido ou resíduos vegetais. O risco da introdução de Amaranthus palmeri no Paraná pode ser, dentre um deles, através do transporte de sementes em colheitadeiras e implementos agrícolas.

Plano de ação

O Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar trabalha com um plano de ação desde fevereiro do ano passado, quando houve a detecção da planta daninha em algumas propriedades no Mato Grosso do Sul. Este plano é fundamental para aumentar a proteção da agricultura paranaense e contribuir para a prevenção não só de Amaranthus palmeri, mas também de outras espécies de plantas daninhas resistentes, fungos, vírus, bactérias e nematoides.

Portaria 129/24 

A Portaria nº 129/24 estabelece procedimentos para a entrada de máquinas, implementos agrícolas e seus veículos transportadores no Paraná. Segundo a normativa, a entrada só é permitida se todos os componentes estiverem livres de solo e resíduos vegetais, tanto interna quanto externamente.

A Adapar mantém mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário nas divisas do Paraná com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções de máquinas e implementos agrícolas são intensificadas para verificar a conformidade com a Portaria 129/24.

A Adapar mantém mais de 30 Postos de Fiscalização do Trânsito Agropecuário nas divisas do Paraná com Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, onde as inspeções de máquinas e implementos agrícolas são intensificadas para verificar a conformidade com a Portaria 129/24.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro