FPA alerta para os perigos da quebra de safra no agro brasileiro
Frente Parlamentar da Agropecuária busca caminhos para enfrentar a redução na colheita de grãos e suas consequências econômicas
Durante a abertura do 28º Show Tecnológico Copercampos, a maior feira agropecuária de Santa Catarina, o Diretor Presidente da cooperativa, Luiz Carlos Chiocca, anunciou investimentos superiores a R$ 200 milhões para a construção de uma usina de etanol. A capacidade de produção chegará a 3,7 milhões de litros de etanol hidratado por ano e 32 milhões de litros de etanol anidro por ano.
A usina, que será construída em Campos Novos/SC, tem projeto desenvolvido pela empresa Lindner Techno Systems e utilizará como matéria-prima para a produção do etanol, milho e trigo, nas porcentagens de 85 e 15%, respectivamente de cada cereal. Esta será a primeira usina do estado e a primeira planta flex do Brasil, ou seja, utilizará dois cereais para produção de biocombustíveis.
Além da produção de biocombustíveis, a usina da Copercampos terá a produção do subproduto DDGs (sigla em inglês para grãos secos de destilaria com solúveis), usado na fabricação de rações, de 25 mil toneladas por ano. A produção de óleo deve ser superior a 1.500 toneladas por ano. Além disso, terá geração de energia de 15.000 MW/h por ano.
Para esta capacidade de produção, serão utilizadas 250 ton/dia de cereais, mais de 87.000 toneladas/ano.
"Fizemos estudos de viabilidade para construção e, com a parceria da Lindner, vamos construir essa usina para industrializarmos os cereais produzidos em nossa região. É um investimento pensando no desenvolvimento econômico da região, na valorização do nosso associado que produz cereais e na saúde financeira de nossa cooperativa", ressalta o Diretor Presidente da Copercampos, Luiz Carlos Chiocca.
A usina vai consumir cerca de 30% do milho recebido pela cooperativa e produzirá o farelo proteico, DDGs, para ser utilizado na fabricação de ração, deste modo, o cereal é utilizado para produzir etanol da parte amilácea e concentra as proteínas, fibras e sais minerais neste coproduto com alto valor nutricional. O DDGs possui uma proteína acima de 30% em base seca.
A usina será construída na comunidade de Encruzilhada, em Campos Novos/SC, onde a cooperativa possui uma unidade de armazenagem que receberá a matéria-prima para industrialização. As obras iniciam ainda no primeiro semestre deste ano.
O prazo para conclusão é de 24 meses. Serão gerados mais de 100 empregos diretos com este novo negócio da Copercampos.
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