Abertura da Colheita do Arroz volta para seu primeiro palco
Primeira edição do evento foi realizada em 1988 em Alegrete (RS) com a presença de autoridades da época
A conservação da qualidade dos produtos importados e exportados é um desafio às empresas frente à competitividade. Em Minas Gerais, estado brasileiro que responde pela maior produção de café do país, o setor tem encontrado alternativas inovadoras para se diferenciar neste mercado. A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) identificou na sacaria de papel uma nova forma de embarcar os grãos, do tipo arábica, para o exterior. O primeiro embarque aconteceu em dezembro para uma torrefadora da Itália, que ainda tem mais 16.700 sacas para receber com a nova embalagem nos próximos meses.
Com capacidade de 30 quilos, este tipo de sacaria começou a ser desenvolvido pela Cooxupé em 2014, em parceria com a Klabin - maior produtora e exportadora de papéis do Brasil. A cooperativa está entre as primeiras brasileiras a utilizar esta embalagem nos embarques. Na comparação com a sacaria de juta de 60 quilos, a embalagem de papel, segundo o estudo que está sendo realizado pela Universidade Federal de Lavras - UFLA, ainda apresenta maior potencial para a preservação das características originais do café verde por mais tempo. É também mais sustentável e reciclável.
"Esta embalagem é interessante porque é mais fácil perceber se foi violada, trazendo maior segurança para nós que exportamos e aos clientes importadores. Além disso, esta sacaria fica mais bem acomodada dentro do contêiner, permitindo aproximadamente o embarque de 1 mil quilos de café a mais. Outro diferencial é que facilita a retirada por serem mais leves que as sacas de 60 quilos", explica o Gerente da Divisão de Logística e Operação da Cooxupé, Carlos Henrique Escudero Filho. "Nosso cliente italiano já estabeleceu que, a partir de agora, o café deverá ser enviado somente nesse tipo de embalagem", completa.
O projeto da sacaria de papel para o mercado de café levou em torno de um ano. "Essas embalagens têm diferenciais que agregam valor ao produto ensacado, como a proteção à luminosidade e um sistema que facilita a abertura e armazenagem do produto pelo cliente final. Isso se reflete na estocagem do produto por mais tempo e de forma adequada", afirma o Diretor de Sacos Industriais da Klabin, Douglas Dalmasi. Ele ainda explica que essas embalagens são ambientalmente corretas, derivadas de fonte renováveis, sendo recicláveis e produzidas com matéria-prima proveniente de florestas plantadas e certificadas. Além disso, oferecem resistência, segurança, facilidade de automação com melhor condição de trabalho, alta velocidade de ensaque, redução de vazamentos, melhor paletização e manutenção da qualidade do produto ensacado. "Essas características aliadas aos atributos sustentáveis garantem uma ótima relação entre custo e benefício", destaca Dalmasi.
O presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, ressalta que a cooperativa está sempre atenta a novos negócios para agregar valor ao café dos cooperados. Em 2015, a Cooxupé se manteve na liderança das exportações de café entre as empresas em operação no Brasil, com o embarque de 4,2 milhões de sacas - crescimento de 26% ante ao ano de 2014 (3,2 mi). Em relação ao volume nacional embarcado de café arábica (29,15 milhões de sacas segundo o Cecafé), a cooperativa respondeu por 14% das exportações.
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