Congresso Nacional de Milho e Sorgo acontece de forma inédita no Tocantins
Na programação, um seminário vai discutir principal desafio fitossanitário do milho: os enfezamentos
20.06.2024 | 15:46 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Clenio Araujo
De 09 a 12 de setembro, o 34º Congresso Nacional de Milho e Sorgo acontece de forma inédita na região Norte do país, mais especificamente, em Palmas, no Tocantins (TO). O evento é considerado um dos mais relevantes para as duas culturas agrícolas, e contará com uma programação diversa que inclui a realização do I Seminário Nacional sobre o Complexo dos Enfezamentos do Milho, que ocorrerá no primeiro dia de congresso.
Os enfezamentos, considerados atualmente como o principal desafio fitossanitário no milho, são doenças causadas por quatro patógenos: duas bactérias, chamadas espiroplasma e fitoplasma, ambas da classe molicutes, que são bactérias que não possuem parede celular; e dois vírus, chamados Maize rayado fino virus (MRFV) e Maize striate mosaic virus (MSMV). A transmissão de todos os patógenos acontece por meio da cigarrinha Dalbulus maidis, quando ela se alimenta de plantas de milho.
“Híbridos suscetíveis sujeitos a altas populações de Dalbulus maidis em fases jovens de desenvolvimento podem ter perdas acima de 80% na produtividade. Além das perdas na produtividade, a ocorrência do complexo dos enfezamentos proporciona o aumento de tombamento/quebramento de plantas devido ao enfraquecimento e/ou à infecção de colmos por patógenos diversos e o aumento de podridão de espigas”, explica Dagma Dionísia da Silva Araújo, pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) em fitopatologia.
Programação do seminário
Marcado para 09 de setembro, o I Seminário Nacional sobre o Complexo dos Enfezamentos do Milho envolverá representantes de instituições públicas e privadas que trabalham com fitopatologia.
Ao todo, serão oito palestras e duas mesas-redondas durante todo o dia. A fala inicial será de Rodrigo Véras da Costa, presidente do congresso e pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo com atuação no Tocantins.
“O congresso proporcionará interação entre produtores, pesquisadores, consultores, extensionistas, estudantes, agentes públicos, empresas públicas e privadas e, portanto, será um ambiente que pode trazer riqueza de ideias, experiências e um debate baseado em conhecimento e prática, além de propiciar novas parcerias de pesquisa e de negócios”, conclui Dagma.
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