Congresso destacou Charolês na produção pecuária

09.12.2008 | 21:59 (UTC -3)

Nos dias 20 e 21 de novembro foi realizado em Porto Alegre, no auditório do CIEE, o Congresso Internacional de Pecuária de Corte, que contou com palestrantes de renome mundial, além de uma seleta audiência. Durante o evento, onde a Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCCharolês) esteve representada por seu Diretor de Markating, Wilson Borges, foram abordados vários temas relacionados à pecuária, a começar pela produção, passando pela indústria, até chegar ao mercado consumidor.

No grupo de palestras apresentadas o que ficou evidente foi a utilização da raça Charolês como sinônimo de produtividade por diversos segmentos, desde a pesquisa acadêmica até os frigoríficos. Dante Pazzanese Lanna (Especialista em Nutrição de Gado de Corte), é um dos exemplos dessa tendência.

Docente da USP, em São Paulo, SP e Diretor Técnico da Associação Nacional dos Confinadores (ASSOCON), ele é considerado um dos maiores especialistas brasileiros no tema confinamento. E não hesitou em afirmar: “Não tenho dúvida em indicar para os meus clientes - mete Charolês”, assinalou ele, ao comentar que os bônus para carne de mercados especiais não compensam.

Pazzanese Lanna afirmou também que o custo operacional do frigorífico para abater um boi com peso de carcaça de 16 arrobas (240 kg) é 24% maior do que para um boi de 20 arrobas (300 kg), o que vem a ser um fator a mais para que os frigoríficos busquem carcaças mais pesadas. Disse ainda que o preço do kg de filet mignon aumenta com o tamanho e não com o acabamento da peça.

Por sua vez o pesquisador José Fernando Piva Lobato, professor de Pecuária de Corte e Forrageiras no Departamento de Zootecnia da UFRGS em Porto Alegre, RS, em sua brilhante palestra também destacou a importância dos cruzamentos na obtenção de aumento de rendimento na atividade pecuária e para alavancar seus argumentos, citou alguns dos palestrantes presentes ao evento, conforme a seguir:

- “O melhor resultado no cruzamento é obtido utilizando-se vacas adaptadas ao ambiente e touros terminais” - Thomas Jenkins. Geneticista especializado em seleção e modelos de produção. USMARC, ARS, USDA. Clay Center, Nebraska, USA.

- “Nenhuma raça é superior em todas as características importantes em gado de corte” - Larry Cundiff - Ex-Diretor do Programa de Evolução de Germoplasma de Bovinos de Corte. Co Diretor do Programa de Raça Compostas, USMARC, ARS, USDA. Clay Center, Nebraska, USA.

Em sua palestra, Larry Cundiff destacou a superior aptidão de produção de carne da raça Charolês. Ao mostrar os resultados de trabalhos com vários cruzamentos realizados em mais de 30 anos de pesquisas afirmou: “As raças continentais apresentam em média um rendimento de carcaça 4% superior às raças britânicas”. Se considerarmos um rendimento médio em torno de 50%, estes 4% representam na realidade algo em torno de 8% a mais de rendimento, o que é superior a qualquer bônus existente nos frigoríficos atualmente.

Fontee: Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCCharolês) e Agência Ciranda – 51.3231.6210 / 55 3222.7822 / www.charoles.org.br

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