Trigo russo com preço competitivo pressiona mercado
Cotações do trigo caem no PR e no RS à medida que a oferta supera a demanda
O mês de junho inicia com condições climáticas favoráveis para a agricultura paranaense, favorecendo, principalmente, o plantio de trigo e a colheita do feijão, segundo informações do Departamento de Economia Rural (Deral).
O trigo, principal cultura do outono e inverno no estado, apresenta 75% de sua área já semeada, totalizando cerca de 1,38 milhão de hectares. As chuvas do final de maio, seguidas de tempo seco, permitiram a manutenção da umidade do solo, condição essencial para o avanço da semeadura. Entretanto, os triticultores mostram-se preocupados com a rentabilidade da cultura, já que o preço da saca caiu 30% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 69,01.
A safra de feijão, por outro lado, teve 54% dos 299 mil hectares cultivados já colhidos. A falta de chuvas, embora benéfica para a colheita e a qualidade do produto, prejudicou a produtividade das lavouras que se encontravam em fase de necessidade de umidade em maio. A queda contínua no preço do feijão, tanto para o produtor quanto no atacado, é outra questão que preocupa os agricultores. O feijão do tipo cores foi vendido por R$ 215,00 o fardo de 30 quilos, enquanto o preto ficou em R$ 145,00.
Quanto à cultura do milho, a ausência de chuvas pode influenciar negativamente a produtividade. Segundo o relatório do Deral, 85% da área cultivada apresenta condição boa, 13% mediana e 2% ruim.
Na produção de manga, a área colhida em 2021 totalizou 410 mil hectares, rendendo 7,6 mil toneladas e um valor bruto de produção (VBP) de R$ 19,6 milhões. A região de Cascavel lidera a produção, com 31,4% do total, mas a cidade de Uraí, no Norte Pioneiro, destaca-se como o maior produtor individual, responsável por 12,5% das colheitas do estado.
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