A agricultura brasileira está voando
As condições climáticas registradas na última semana beneficiaram os trabalhos de plantio da nova safra de milho no Rio Grande do Sul, bem como o desenvolvimento inicial das lavouras recentemente implantadas. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (11/09) pela Emater/RS-Ascar, estima-se que, no momento, 20% dos 876 mil hectares a serem cultivados no Estado já foram semeados, percentual igual ao registrado no ano passado nesta mesma época.
As primeiras áreas semeadas com milho se concentram especialmente no Norte e Noroeste do Estado, regiões onde, tradicionalmente, inicia o plantio da cultura. Nas regiões Fronteira Noroeste e Missões, esta fase já alcança 58% dos 99 mil hectares projetados para a lavoura de milho, um ritmo considerado acelerado. Nas demais regiões, os trabalhos serão intensificados durante o mês de setembro.
Com relação às principais culturas de inverno do Rio Grande do Sul, o trigo encontra-se na fase de perfilhamento, com rápida evolução para os estágios produtivos de emissão da espiga, floração e formação de grão. As lavouras apresentam bom padrão e não são constatados problemas significativos com pragas e doenças. A canola, outra cultura de inverno, está principalmente em fase de formação das síliquas e de enchimento dos grãos. Em decorrência das geadas ocorridas há algumas semanas — que prejudicaram o potencial produtivo de algumas áreas —, muitos produtores tiveram que acionar o seguro agrícola. A expectativa de produtividade média para a cultura é de 1.500 kg/ha.
As lavouras de cevada, gramínea cuja produção se destina quase que totalmente às indústrias de malte/cervejas, encontram-se nas fases de emborrachamento e formação das espigas, mantendo ainda bom padrão de lavouras (densidade de plantas e sanidade). Os produtores estão realizando a segunda aplicação de fungicida, visando prevenir o aparecimento de moléstias fúngicas. A produtividade estimada é de três toneladas por hectare.
No Vale do Paranhana, a batata da 1ª safra está na fase de preparo do solo para plantio. Na Serra Gaúcha, os produtores já estão finalizando a semeadura. Já nos Campos de Cima da Serra, onde se concentram as grandes áreas, os agricultores continuam realizando o preparo do solo e alguns já iniciaram o plantio.
Na região da Serra Gaúcha, os produtores de pêssego ainda contabilizam os estragos causados aos pomares pelas baixas temperaturas registradas em meados de agosto. A variedade chimarrita, a mais cultivada na região, foi a mais afetada. Os pessegueiros estão abortando um considerável número de flores e frutos, além de apresentarem baixa quantidade folhas. Esse fato, conforme os técnicos da Emater/RS-Ascar, pode ocasionar ainda maiores perdas pela queda prematura de frutos, por nutrição deficiente das plantas e excessiva insolação.
Com a proximidade da primavera e o aumento do número de horas de luz por dia, os campos nativos começam a rebrotar, ainda que este processo ocorra de forma lenta e impeça, por enquanto, o aumento na carga de pastoreio. As pastagens cultivadas de inverno seguem dando suporte aos rebanhos, sendo intensamente utilizadas nas regiões produtoras de grãos (Norte do Estado).
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