Condições climáticas afetam colheita de milho no Rio Grande do Sul, aponta Emater-RS

De acordo com os últimos dados, a colheita de milho avançou apenas 1% em relação à semana anterior, atingindo 93% da área cultivada no estado

31.05.2024 | 10:06 (UTC -3)
Revista Cultivar

A umidade e a nebulosidade continuam a ser grandes desafios para a colheita de milho no Rio Grande do Sul, afetando diretamente a maturação dos grãos e o teor de umidade necessário para a operação. Regiões como a Serra, Campos de Cima da Serra, Central e Campanha têm enfrentado danos qualitativos significativos, tornando os grãos impróprios para uso e comercialização devido à presença de fungos, micotoxinas e germinação na espiga. As informações são da Emater-RS.

De acordo com os últimos dados, a colheita de milho avançou apenas 1% em relação à semana anterior, atingindo 93% da área cultivada no estado. Na região de Bagé, a colheita atingiu 87% da área total cultivada, restando cerca de 8 mil hectares em pequenas propriedades, destinadas principalmente à subsistência. Em Candiota, o excesso de umidade causou a germinação de grãos na espiga em algumas lavouras.

Situação por região

• Região de Bagé: a colheita avançou para 87%, com 8 mil hectares ainda no campo. A região enfrenta problemas com a umidade excessiva que causa a germinação de grãos.

• Caxias do Sul: restam cerca de 15% das lavouras para serem colhidas, o que equivale a aproximadamente 13 mil hectares. As áreas não colhidas apresentam perdas significativas em volume e qualidade de grãos, com um rendimento médio de 6.590 kg/ha.

• Erechim: a colheita foi concluída, e os produtores já se preparam para a próxima safra, que depende dos preços de mercado.

• Ijuí: a colheita está próxima do fim, mas os grãos colhidos apresentam alta umidade e perdas estimadas entre 20% e 30%.

• Pelotas: a colheita não avançou, permanecendo em 40% da área cultivada. A produtividade está em 2.578 kg/ha, mas pode reduzir ainda mais devido às chuvas contínuas.

• Santa Rosa: com 96% da área colhida, a produtividade média caiu para 5.520 kg/ha, uma redução de 35% em relação à expectativa inicial de 8.590 kg/ha. A região já iniciou o processo de pré-custeio para a safra 2024/2025.

• Soledade: a colheita do milho safrinha é dificultada pela instabilidade climática, com 70% das lavouras colhidas, 18% em maturação e 12% em enchimento de grãos. A umidade elevada dos grãos exige um longo período seco para a secagem antes do armazenamento. A procura por Proagro aumentou devido a inundações e ataques de cigarrinha.

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