Pesquisa inédita do IAC usa imagens aéreas para estimar erosão do solo em lavouras
Mapeamento aéreo nunca foi usado para analisar erosão do solo em áreas cobertas por vegetação
A estimativa da safra brasileira 2019/20 atinge novo recorde na série histórica, conforme números divulgados tanto pelo Boletim da Safra de Grãos, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), quanto pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE. Os registros de acompanhamento da safra divulgados nesta semana apontam crescimento tanto na produção, quanto na área plantada e na produtividade.
Segundo a Conab, a safra de grãos deve atingir uma produção de 248 milhões de toneladas, com aumento de 2,50% ou 6.1 milhões de toneladas em relação a 2018/19. A expectativa para a área semeada é que sejam cultivados 64.2 milhões de hectares, uma variação positiva de 1,50% em comparação à da safra anterior.
Segundo o IBGE, as safras de grãos, cereais e leguminosas em 2019 e 2020 devem registrar dois recordes consecutivos, tornando-se as maiores da série histórica iniciada em 1975. Com 241.5 milhões de toneladas em 2019, e 243.1 milhões de toneladas em 2020, as duas safras superam o recorde anterior de 2017, de 238,4 milhões de toneladas.
Os níveis de produtividade apresentados no período compensam as instabilidades da safra no plantio de verão passado, causados por instabilidades climáticas na maioria das regiões produtoras. Para a Conab, a perspectiva é que a produtividade continue com bom desempenho.
A retomada da produção também foi apontada pelo pesquisador do IBGE Carlos Barradas, que destaca o recorde consecutivo após uma retração da safra em 2018, devido à seca e ao aumento de temperatura enfrentados em estados como Paraná, São Paulo, Goiás, Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
“Em 2018, a soja apresentou uma retração de 3,70% na produção, de 2,60% na área e de 6,20% no rendimento médio. Já em 2019, as chuvas vieram mais cedo e pôde-se antecipar o plantio e a colheita da soja, principal item da produção brasileira de grãos. Com isso pôde-se também antecipar o plantio do milho, que levou a expansão da safra 2019. O recorde de 2020 deve-se à expansão de 7,80% na estimativa de produção da soja. O clima tem ajudado e houve um crescimento de 5,40% no rendimento médio da soja, com expansão de 2,30% na área colhida”, disse Barradas.
Para o IBGE, o arroz, o milho e a soja são os três principais produtos, que, somados, representaram 92,80% da estimativa da produção e responderam por 87% da área a ser colhida. Analisando-se os cinco produtos de maior importância para a próxima safra, apenas o milho 2ª safra apresentou estimativa de produção menor que em 2019, de 10,4%. Apresentam variação positiva o algodão herbáceo (2,70%), o feijão 1ª safra (3,30%), o arroz (0,90%), o milho 1ª safra (1,80%) e a soja (7,80%), essa última sendo um novo recorde da série histórica.
Veja alguns destaques apontados pelos boletins de acompanhamento da safra brasileira divulgados pela Conab e pelo IBGE.
A cultura da soja, vem mantendo a tendência de crescimento na área, nesta temporada a produção deve crescer em 2,60% em relação ao ciclo passado, chegando a 122.2 milhões de toneladas.
Previsão de aumento em 1,10% na área semeada do milho primeira safra, totalizando 4.15 milhões de hectares e uma produção de 26.6 milhões de toneladas, com ganho de 3,80% em relação a de 2018/19. A favor desse desempenho, há fatores como o aumento nas exportações brasileiras do cereal e no mercado interno, derivados da demanda por confinamento e produção de etanol, mesmo a despeito da concorrência com a soja.
O arroz teve uma produção de 10.3 milhões de toneladas e, para o algodão, uma produção de 6,9 milhões de toneladas, este último também um recorde da série histórica do IBGE.
O algodão apresentou crescimento significativo de área nas duas últimas safras, e variação positiva de 2,70% nesta safra, atingindo 1.6 milhão de hectares. A produção do caroço deve chegar a 4.1 milhões de toneladas e a da pluma em 2.8 milhões de toneladas.
O feijão primeira safra mostra uma redução de 1,90% na área em comparação com a temporada passada. A cultura perde espaço para a soja e o milho que apresentam melhor rentabilidade.
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