Comissão aprova projeto que acaba com taxa de licença para porte e uso de motosserras

Texto atual do Código Florestal exige renovação do registro a cada dois anos

25.12.2021 | 12:40 (UTC -3)
Ralph Machado

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3133/20, que proíbe a cobrança, por órgãos ambientais, da taxa de licença para porte e uso de motosserra no País.

O relator, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), recomendou a aprovação da proposta. “O registro e a licença [para porte e uso] de motosserra foram estabelecidos como medida para coibir o desmatamento ilegal”, lembrou.

“A fiscalização e o controle do desmatamento ilegal é um dever do poder público, não nos parece que os eventuais custos devam ser arcados pelos produtores rurais”, continuou o parlamentar, no parecer aprovado.

A proposta altera o Código Florestal. Pela norma, atualmente os estabelecimentos que comercializam motosserras e os proprietários delas devem manter registro em órgão ambiental vinculado ao Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama). O documento precisa ser renovado a cada dois anos.

“A intenção não é alterar os trâmites para porte e uso de motosserra, mas, tão somente, a proibição de cobrança da taxa para essa licença”, disse o deputado Vinicius Poit (Novo-SP), autor do projeto. “Essa cobrança penaliza o agricultor, especialmente os pequenos produtores”, continuou.

“Como muito bem observado pelo autor do projeto, registro e licenciamento são feitos hoje pela internet, praticamente sem custos para o Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]. Parece, portanto, que a isenção da taxa é totalmente justificável”, concordou o relator.

Links

1. Projeto de Lei 3133/20

2. Deputado Vinicius Poit

3. Deputado Evair Vieira de Melo


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