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O Brasil vem mantendo o ritmo de crescimento no intercâmbio comercial com o Canadá, com aumento de 3% nas exportações para o país norte-americano no primeiro semestre de 2023, segundo dados do estudo Quick Trade Facts, da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC). As exportações atingiram US$ 2,575 bilhões no período, pouco acima do resultado verificado no mesmo período de 2022, de US$ 2,497 bilhões. De janeiro a junho de 2023, o saldo comercial brasileiro foi positivo, em US$ 793 milhões.
No primeiro semestre de 2023, a corrente de comércio (FOB) – soma das importações e exportações – totalizou US$ 4,357 bilhões, recuo de 13% em relação aos resultados apurados no mesmo período do ano passado, de US$ 4,988 bilhões. O resultado semestral reflete os ajustes na corrente de comércio entre os dois países, que mantém o crescimento: no segundo trimestre de 2023 (abril-junho), a corrente comercial atingiu US$ 2,405 bilhões (FOB), crescimento de 23% em relação aos números do primeiro trimestre de 2023, de US$ 1,95 bilhão (FOB).
Também no segundo trimestre, o Canadá contribuiu com 1,6% do resultado total nas compras de produtos brasileiros com todo o mundo. Esse percentual é quase idêntico ao apresentado no mesmo período de 2022. Em relação às importações brasileiras vindas do Canadá, no trimestre o percentual caiu de 1,9% para 1,5%, se comparado a igual período do ano passado.
Depois do recorde no comércio bilateral entre Brasil e Canadá em 2022 – quando ultrapassou a cifra de US$ 10 bilhões (FOB) pela primeira vez na história -, os dois países devem continuar a manter o ritmo de crescimento. A agenda de encontros deve fortalecer ainda mais os negócios bilaterais. Recentemente, o presidente Luís Inácio Lula da Silva se reuniu com a chanceler canadense Mélanie Jolie para discutir temas relacionados ao meio ambiente, desenvolvimento inclusivo, direitos humanos, educação, ciência e tecnologia, inovação, defesa, energia e mineração. Além disso, a aprovação do texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária também deve contribuir para acelerar os negócios nos próximos meses.
Para Ronaldo Ramos, presidente da CCBC, as iniciativas e missões comerciais já programadas deverão incentivar ainda mais a ampliação dos negócios entre os dois países. “As parcerias estratégicas ajudam a identificar oportunidades e ampliar o acesso das empresas a diferentes mercados. Sem dúvida, o Canadá é um país que reúne todas as condições para viabilizar a internacionalização das empresas brasileiras”, avalia.
O executivo chama a atenção para a retomada da produção, após a pandemia, de produtos manufaturados brasileiros com o crescimento dos embarques para o Canadá. A participação dessa categoria nas exportações totais passou de 47,3%, em 2022, para 49,8%, em 2023. Já as vendas de aviões e outros veículos aéreos, além de máquinas, responderam por quase 10% de todos os itens comprados pelo Canadá.
Paulo de Castro Reis, diretor de Relações Institucionais da CCBC, concorda que os dois países nunca estiveram tão próximos. “O Canadá já está no radar das empresas brasileiras que não apenas querem se internacionalizar, como também expandir os negócios e criar bases de operações na América do Norte. As missões comerciais de diversos setores estratégicos favorecem o aumento dos negócios e o estabelecimento de novas parcerias, e devem continuar em alta em 2023 e 2024”, diz.
Os produtos relacionados à mineração e os manufaturados, como aeronaves e maquinários, são destaque no ranking de exportações brasileiras para o Canadá. As exportações de bulhão dourado (ouro), em formas brutas, para uso não monetário, totalizaram US$ 672,3 milhões no trimestre. A exportação de carnes e miudezas comestíveis também apresentou um bom resultado, de US$ 38 milhões.
O aumento de venda de produtos manufaturados brasileiros para o Canadá – que registrou aumento, de 47,3%, em 2022, para 49,8%, em 2023 – corresponde às exportações de aviões e outros veículos aéreos, e também à alta da exportação de máquinas. No semestre, foram comercializados US$ 251,6 milhões, 9,8% de tudo o que o Canadá comprou do Brasil. A produção retomou os resultados comerciais anteriores à pandemia. Após o período de restrição às viagens, a linha produtiva de aeronaves retomou, em 2023, os níveis anteriores.
O Brasil registrou queda de 28% das importações no primeiro semestre de 2023, em US$ 1,782 bilhão. No mesmo período do ano passado o resultado foi de US$ 2,490 bilhões.
A compra de produtos semimanufaturados é a mais representativa, mesmo com a queda de 72,4% para 61,9%, se comparado ao mesmo período de 2022. No entanto, o Brasil tem importado mais itens manufaturados em 2023, com aumento de participação de 24,4% para 34% este ano, crescimento puxado pela maior compra de itens do setor aeronáutico, da indústria de plástico e farmacêutica.
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