Com portfólio completo, Embrapa facilita estratégias de produção para o agricultor

26.01.2015 | 21:59 (UTC -3)

A Embrapa e a Fundação Meridional apresentam durante o Show Rural Coopavel, o portfólio de cultivares de soja para a região meridional do Brasil. Na Vitrine de Tecnologias da Embrapa serão demonstradas sete cultivares de soja, sendo cinco transgênicas - BRS 1001IPRO, BRS 1010 IPRO, BRS 359RR, BRS 360RR, BRS 388RR e duas cultivares convencionais BRS 284 e BRS 283.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa Soja, Jose Renato Bouças Farias, "a Embrapa passou por uma profunda reformulação em seu programa de melhoramento e hoje seu portfólio está completo e com nova arquitetura de plantas" Entre as novidades do programa está a BRS 1001IPRO é a primeira cultivar de soja dessa parceria com a tecnologia Intacta RR2 PRO™. A novidade é indicada para Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Durante o evento, os produtores terão a oportunidade de conhecer também as características da BRS 1010IPRO e da BRS 388RR que são pré-lançamentos e chegarão ao mercado na próxima safra.

"Hoje, tanto a soja convencional como a primeira geração de transgênicos (RR1) são boas opções para que o produtor consiga combinar uma boa produção com excelente rentabilidade, pois nos dois segmentos não há pagamento de taxa adicional. Na Embrapa, o produtor vai encontrar a opção que melhor atende sua estratégia de negócio", explica o pesquisador Marcos Rafael Petek, da Embrapa Produtos e Mercado. "É importante frisar que as cultivares RR1 podem ser utilizadas para compor as áreas de refúgio", destaca.

Os pesquisadores da Embrapa também irão apresentar aos visitantes do Show Rural as características BRS 359RR. O pesquisador Arnold Barbosa de Oliveira explica que é uma soja precoce, transgênica, com resistência ao glifosato. "A partir do final de setembro e início de outubro essa soja já pode ser semeada e, consequentemente, poderá ser colhida mais cedo, característica interessante para os produtores que realizam a segunda safra de milho safrinha", reforça. Essa cultivar é indicada para o oeste, norte e noroeste do Paraná, o centro-sul e oeste de São Paulo, o sul, centro-sul, sudeste e centro-oeste do Mato Grosso do Sul, sudoeste e sudeste de Goiás, e as regiões do triângulo e alto Paranaíba, em Minas Gerais. Além disso, é uma cultivar competitiva em produtividade, além de ter um pacote sanitário muito bom, sendo resistente às principais doenças. "É também relativamente tolerante ao acamamento e pode ser cultivada em altitudes mais elevadas, respeitando a densidade de semeadura para cada região de indicação".

Com relação à BRS 360RR, Barbosa de Oliveira diz que é cultivar transgênica com tolerância ao glifosato, apresenta crescimento indeterminado e alto potencial produtivo, com melhor desempenho em áreas com altitudes menores que 600 metros. Sua semeadura antecipada aliada à precocidade favorece a melhor época da segunda safra de milho. É indicada para o oeste e o norte noroeste do Paraná, para o centro sul e oeste de São Paulo e sul, centro-sul e sudoeste do Mato Grosso do Sul. "Em termos fitossanitários é resistente às principais doenças da soja", destaca.

Cultivares convencionais A BRS 283 e a BRS 284 são cultivares de soja que têm alta capacidade produtiva, ciclo de maturação precoce, crescimento indeterminado e porte adequado. Essas características, segundo os pesquisadores da Embrapa. permitem a semeadura a partir de 5 de outubro, viabilizando o plantio do milho safrinha em época oportuna. Essas duas cultivares são indicadas para o Paraná, São Paulo, meio-oeste, serra geral e centro norte de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Um dos pontos fortes dessas cultivares é a capacidade produtiva. Em testes de experimentação da Embrapa e da Meridional, conduzidos por três anos em mais de 40 pontos, a BRS 283 apresentou rendimento médio de 1,7% acima do melhor padrão com que foi comparada. Por outro lado, a produtividade da BRS 284 foi 7% superior ao melhor padrão disponível no mercado. "Além disso, essa cultivar venceu vários concursos práticos de produtividades", diz Barbosa de Oliveira.

Segundo o pesquisador, a BRS 283 e BRS 284 têm ainda resistência moderada ao nematóide de galha M.javanica, espécie mais agressiva e muito comum das áreas em que predomina o sistema de produção soja-milho safrinha. "Os nematoides são pragas do solo de difícil erradicação e as medidas de controle mais eficientes são a rotação/sucessão de culturas ou a utilização de cultivares de soja resistentes", conta. Além da resistência moderada ao nematóide de galha, a BRS 283 e a BRS 284 são também resistentes à pústula bacteriana, ao cancro da haste, à mancha "olho-de-rã"; sendo moderadamente resistente à podridão parda da haste.

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