Com alta na demanda da UE por frutas, receita exportadora do BR pode ser recorde

A crescente demanda da União Europeia por frutas frescas pode ser uma oportunidade para que a receita obtida com as exportações brasileiras alcance recorde em 2019

14.11.2017 | 21:59 (UTC -3)
CEPEA

A crescente demanda da União Europeia por frutas frescas pode ser uma oportunidade para que a receita obtida com as exportações brasileiras alcance recorde em 2019. Assim, a matéria de capa da Hortifruti Brasil, do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, avalia como está o mercado europeu para oito frutas nacionais (banana, lima ácida tahiti, maçã, mamão, manga, melão, melancia e uva) e explora as oportunidades para aumentar os envios para esse destino ou, pelo menos, manter a participação brasileira nas compras do bloco. Para isso, a equipe comparou os dados de importações extrabloco da Comissão Europeia (por meio de informações do Trade Helpdesk) de 2006, 2011 e 2016 e, ainda, consultou exportadores brasileiros e dados de outros países.

Para 2017, estimativas da Hortifruti Brasil indicam que a receita exportadora pode totalizar US$ 662,02 milhões. A Abrafrutas (Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados) indica que o País pode alcançar a meta de obter receita de US$ 1 bilhão com os embarques em 2019. Segundo declaração da Associação em evento do setor, a estratégia para se chegar a essa quantidade, em curto prazo, é aumentar as vendas para os países compradores já consolidados, ainda que a abertura de novos mercados seja muito importante.

Dentre os destaques das frutas analisadas na matéria, está a manga, considerada exótica até pouco tempo atrás e que tem se tornado cada vez mais popular no varejo europeu. Há mais de uma década, o Brasil segue como o principal fornecedor da fruta à União Europeia. O melão brasileiro aumentou sua participação no total que a UE comprou de fora do bloco (47% em 2016 frente os 39% em 2011). Na média dos últimos cinco anos (2012-2016), entre 70% e 80% do volume produzido pela maior região brasileira (Rio Grande do Norte/Ceará) foi destinado ao mercado internacional, e 94% da quantidade enviada foi para a União Europeia, de acordo com dados da Secex.

 A melancia também tem tido ótimo desempenho nas exportações, com recorde em 2016/17. A participação do Brasil nos envios à União Europeia cresceu nos últimos 10 anos, passando de 16,8% para 21,4% em 2016. Ainda há desafios para o Brasil consolidar seu espaço cada vez mais na UE e finalmente alcançar a meta exportadora, como barreiras tarifárias, melhorias na qualidade, diversificação da produção e busca de novos compradores. 

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