Colheita do milho 2ª safra atinge 79,6%, estima a Conab

Em destaque estão os estados de Mato Grosso, onde a colheita está quase finalizada, e em Goiás, onde mais de 50% da área foi colhida

24.07.2024 | 15:54 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da Conab

O Monitoramento Semanal das Condições das Lavouras, divulgado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), traz como destaque os cultivos de algodão, feijão 2ª e 3ª safra, milho 2ª safra e trigo. De acordo com a companhia, até domingo (21), a colheita do milho 2ª safra atingiu 79,6% do total no país, com destaque para o Estados de Mato Grosso, onde a colheita está quase finalizada e a produtividade se mantém elevada, e em Goiás, onde mais de 50% da área foi colhida. 

As precipitações das últimas semanas interromperam a colheita no Paraná em diversas regiões, mas a maioria das lavouras estão em boas condições. Enquanto em Mato Grosso do Sul, a colheita tem avançado. Já em São Paulo, a colheita ultrapassou a metade da área semeada, mas a produtividade se manteve baixa, refletindo as condições climáticas desfavoráveis na safra. No Tocantins, a colheita está praticamente encerrada, com produtividades inferiores às estimadas inicialmente. Enquanto no Maranhão, Piauí e Pará, a colheita está avançando e sendo encerrada em algumas regiões produtoras.

Algodão: de acordo com o boletim, a colheita do algodão atingiu 20,5%. Em Mato Grosso, o clima seco auxiliou na maturação e dessecação, favorecendo a colheita. Na Bahia, a colheita nas áreas irrigadas e de sequeiro totalizou 30% da área estadual. Já em Mato Grosso do Sul, a colheita está próxima da metade da área total. Perdas de qualidade e rendimento foram observadas nas regiões Norte e Nordeste, devido ao excesso de chuvas em parte do ciclo reprodutivo da fibra. No Maranhão, Goiás e Piauí, as colheitas estão avançando. Já em São Paulo, está praticamente finalizada. 

Feijão 2ª safra: a colheita do feijão-caupi foi concluída na Bahia, com impactos no potencial produtivo causados pelas restrições hídricas. Enquanto as lavouras de feijão-cores irrigado estão em enchimento de grãos e demonstram boas condições.

Feijão 3ª safra: no Estado de Minas Gerais, as lavouras apresentam fases fenológicas variadas e bom desenvolvimento, graças à irrigação suplementar. Já em Goiás, a colheita está avançando de forma escalonada. Na Bahia, apesar da redução das chuvas, as lavouras apresentam bom desenvolvimento. 

Trigo: a Conab indica que a semeadura do trigo nas lavouras brasileiras atingiu 96,8% do total. No Rio Grande do Sul, dados indicam que a redução das chuvas propiciou melhores condições para a implantação das últimas lavouras e o desenvolvimento daquelas já semeadas, apesar da redução do ritmo de evolução fenológica causada pelas baixas temperaturas e dias nublados. Já no Paraná, as chuvas limitaram o avanço da semeadura em algumas regiões, mas a conclusão já é prevista para as próximas semanas, Enquanto em São Paulo, as chuvas recentes e a diminuição na temperatura amenizaram as perdas por estresse hídrico. 

A chuva também impactou a semeadura em Santa Catarina, onde as temperaturas aumentaram, mas as precipitações persistiram e dificultaram os trabalhos, que se encontram atrasados em comparação à safra anterior. A alta umidade também favoreceu o aumento na incidência de manchas foliares no Estado. Em Minas Gerais, a colheita se aproxima de ¼ da área total e a colheita se concentra nas lavouras de sequeiro. Em Goiás, a colheita das áreas em sequeiro está encerrada, mas apresenta redução no potencial produtivo. Em Mato Grosso do Sul, as chuvas amenizaram as condições de estresse hídrico no Sul do Estado, e as fases da cultura variam entre desenvolvimento vegetativo e maturação. 

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