CNH divulga números do 3º trimestre de 2025

Segmento agrícola recua 10% com demanda mais fraca na América do Norte

07.11.2025 | 09:27 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da CNH

A CNH Industrial registrou lucro líquido de US$ 67 milhões no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 78% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita consolidada recuou 5%, somando US$ 4,4 bilhões, com retração nas vendas da divisão de atividades industriais (-7%), que somaram US$ 3,7 bilhões. O lucro diluído por ação caiu de US$ 0,24 para US$ 0,06.

A receita com máquinas agrícolas caiu 10%, para US$ 2,96 bilhões, pressionada pela redução nas entregas na América do Norte, pela desaceleração da demanda global e pelo esforço de destoque da rede. Tratores acima de 140 cv recuaram 41% na América do Norte, enquanto colhedoras tiveram queda de 23%. No entanto, a demanda por tratores cresceu 19% na Ásia-Pacífico, e colheitadeiras subiram 19% na região EMEA (Europa, Oriente Médio e África).

O lucro operacional ajustado (EBIT) do segmento agrícola encolheu 59%, para US$ 137 milhões. A margem operacional foi de 4,6%, recuo de 560 pontos-base. Tarifas, mix geográfico desfavorável e maiores despesas com vendas e administração afetaram os resultados. Por outro lado, a CNH registrou melhora nos preços e redução nos custos de produção e garantia. A empresa também reconheceu uma baixa contábil de US$ 49 milhões relacionada a tecnologias de biometano adquiridas da Bennamann.

No segmento de construção, as vendas cresceram 8% no trimestre, alcançando US$ 739 milhões, com avanço nas entregas na América do Norte e EMEA. Mesmo assim, o EBIT ajustado caiu 65%, para US$ 14 milhões, com margem de apenas 1,9%. Custos com tarifas e mix geográfico desfavorável também afetaram a rentabilidade.

Na divisão de serviços financeiros, a receita aumentou 4%, para US$ 684 milhões, puxada por maiores rendimentos no Brasil e efeito cambial positivo. O lucro da área caiu 40%, para US$ 47 milhões, impactado por aumento nos custos de risco, maiores despesas operacionais e menor volume.

A empresa atualizou suas projeções para 2025. A divisão agrícola deve fechar o ano com queda de 11% a 13% nas vendas e margem operacional entre 5,7% e 6,2%. Para a construção, a expectativa é de retração entre 3% e 5% nas vendas e margem entre 1,7% e 2,2%. O lucro ajustado por ação deve ficar entre US$ 0,44 e US$ 0,50.

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