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Na última semana, os preços do café não conseguiram romper a marca de resistência de 160 c/libra no segundo contrato. A maior parte desse efeito pode ser atribuída ao retorno das previsões de precipitação na primeira semana de outubro no Brasil, após duas semanas sem chuva no radar.
Ainda assim, é importante analisar os fatores subjacentes por trás do otimismo recuperado. Na semana passada, foram registrados níveis de chuva próximos de zero e temperaturas até 6°C acima do normal para o período - o que poderia ameaçar o desenvolvimento das floradas e dos chumbinhos para a safra 24/25.
Apesar do padrão climático preocupante, dados recentes mostram que as áreas de cultivo não foram tão afetadas quanto em 2021 ou 2022. O Gráfico #1 mostra o Índice NDVI no Cerrado, e o Gráfico #2 mostra a mesma métrica para o Sul de Minas. O índice que mede a saúde das plantações de acordo com a capacidade de absorção de luz solar sugere que as condições realmente melhoraram na terceira semana de setembro.
Consequentemente, a ameaça climática diminuiu e os preços responderam de acordo.
Também é importante destacar os resultados dos dados de comercialização de safra no Brasil, indicando que, embora a liquidez tenha melhorado em comparação com agosto, o volume vendido desta safra ainda está abaixo da média esperada para o período.
Essa perspectiva de estoques mais altos indo para o último trimestre do ano - quando outras origens de arábica começam sua colheita - também pressiona os preços.
Ao contrário da semana passada, os modelos de previsão estão começando a se diferenciar: o modelo americano sugere níveis de chuva próximos de zero na maioria das áreas de café - com exceção das regiões Sul de Minas e Zona da Mata - enquanto o modelo europeu já apresenta uma visão ligeiramente mais otimista.
No entanto, as chuvas precisam continuar para manter os níveis ótimos de NDVI observados até agora e, também, para reduzir a probabilidade de pragas. Por exemplo, a broca: as condições secas podem aumentar a atividade do besouro da broca do café, com temperaturas mais altas acelerando seus ciclos de vida, especialmente em áreas de menor altitude densamente plantadas.
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