Associação dos Engenheiros Agrônomos de Londrina (PR) promove XV Reunião de Tecnologia para Produção de Soja
Especialistas debaterão inovações, sustentabilidade e desafios climáticos na cultura da soja
A citricultura voltou a figurar como um dos principais empregadores do Brasil na safra 2023/2024, que abrange o período de julho de 2023 a junho de 2024. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), compilados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), o setor registrou 57.368 admissões, um aumento de 2,22% em relação à safra anterior, que contabilizou 56.122 novos postos de trabalho. Este número representa o maior volume de admissões na citricultura dos últimos dez anos.
Ibiapaba Netto (na foto), diretor-executivo da CitrusBR, destacou a importância da mão de obra para a produção de laranja, que é predominantemente manual, como um dos fatores que impulsionam a alta na geração de empregos, mesmo em um cenário de redução na oferta de frutas. O balanço entre admissões e demissões na safra 2023/2024 resultou em um saldo positivo de 2.163 postos de trabalho.
Nos primeiros seis meses de 2024, a citricultura gerou 33.913 empregos, um crescimento de 10% em comparação com as 30.786 vagas criadas no mesmo período de 2023. A maior parte dessas admissões ocorreu no estado de São Paulo, que concentrou 78% das vagas, totalizando 45.112 novos empregos. O Cinturão Citrícola, região responsável por grande parte da produção de laranja no país, foi o principal polo gerador de empregos no setor.
Netto ressaltou a importância da citricultura como um setor vital para o desenvolvimento econômico do interior paulista, destacando o impacto positivo na geração de renda e na oferta de empregos formais em regiões que carecem de outras oportunidades.
O Projeto de Lei 751/2023, conhecido como "PL dos Safristas", pode reforçar ainda mais o papel da citricultura como um dos principais geradores de empregos. De autoria do deputado federal Zé Vitor (PL-MG), a proposta permite que trabalhadores safristas, com contratos de trabalho de seis meses, permaneçam nos programas de renda do governo. A medida, já aprovada pela Câmara dos Deputados, aguarda agora votação de urgência no Senado.
Ibiapaba Netto avalia que a aprovação do projeto de lei será um passo importante para combater a informalidade no setor, ao oferecer mais segurança tanto para os empregadores quanto para os trabalhadores. A proposta busca garantir direitos trabalhistas e incentivar a formalização de contratos, contribuindo para a estabilidade do mercado de trabalho no campo.
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