Aplicação de rizobactérias aumenta a diversidade do microbioma do solo, revela estudo
Pesquisa foi conduzida em colaboração entre a Embrapa Meio Ambiente e a Universidade de Delaware, nos Estados Unidos
As lavouras brasileiras de milho safrinha não repetiram o desempenho de 2023 quando o rendimento alcançou níveis recordes em parte dos estados produtores. Agora em 2024, a escassez de chuvas e as altas temperaturas limitaram o potencial produtivo das lavouras. A produção nacional do grão recuou quase 13% na segunda safra, passando de 103,3 milhões de toneladas na safra 2023 para 90 milhões de toneladas este ano.
As plantações de Mato Grosso do Sul foram as mais afetadas. O rendimento médio foi 45% menor que o inicialmente previsto na área de atuação da C.Vale, segundo o gerente regional da cooperativa no estado, Jeferson Salatti. “Faltou chuva, principalmente nas áreas mais ao sul. Em alguns municípios, a quebra ficou acima de 60%. Nas áreas mais ao norte, redução de 10 a 15%”, registra.
Em Mato Grosso, o clima correu bem até parte de abril, quando as chuvas pararam de cair no final do mês. “A produtividade foi relativamente boa e compensou, ao menos em parte, a redução da área ocupada pela cultura na safra 2024”, avalia o gerente regional da C.Vale, Renato Rambo. Levantamento de junho do IBGE mostrava redução da produção de milho de Mato Grosso de 15% na comparação com a temporada 2023 (veja quadros nesta página).
No Paraná, a produtividade média apresentou grandes variações, principalmente por região. O regime de chuvas foi bastante distinto entre as metades norte e sul do estado. Em Braganey, oeste do Paraná, Douglas e Vítor Durigon cultivaram 2.420 hectares de milho safrinha com produtividade média de 109 sacas/hectare. Douglas esperava um rendimento melhor. “Faltou chuva no início do plantio”, explica.
No manejo da cultura, os irmãos fizeram dois tratamentos contra doenças, três contra lagarta e cigarrinha, e outros três contra o percevejo. As aplicações químicas e os 800 quilos de adubação na base ajudaram a elevar o custo a 72 sacas/hectare, revela Vítor Durigon. Na safrinha de 2023, o rendimento médio foi 8% menor, ficando em 101 sacas/hectare. Agora, os irmãos Durigon vão aguardar eventuais oportunidades de mercado para vender o milho por valores superiores aos do início de agosto.
Produtividade média
MT – 105 sc/ha
MS - 70 sc/ha
PR - 89 sc/ha
Brasil – 101 sc/ha
Fonte: IBGE, junho 2024
Produção
MT – 42,54 mi/ton (-15%)
MS - 9,50 mi/ton (-27%)
PR - 12,95 mi/ton (-8,7%)
Brasil – 90 mi/ton (-12,8%)
Fonte: IBGE, junho 2024
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