Publicação avalia eficiência de fungicidas para controle da ferrugem da soja
A publicação é resultado dos ensaios cooperativos realizados na safra 2019/2020 em diferentes regiões produtoras
“A produtividade vem da prática”. Com esse slogan o Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) se reposiciona no mercado do agronegócio, visando uma maior disseminação das informações coletadas em seus doze anos de história. Para isso, o comitê irá investir em novas tecnologias para levar aos produtores dados técnicos e auditados, que auxiliarão para que todos consigam elevar os seus patamares de produtividade, levando em consideração uma maior sustentabilidade em suas lavouras.
Segundo o diretor de Marketing do CESB, Nilson Caldas, o comitê está caminhando junto das novas tecnologias e busca implementar uma maior digitalização dos conteúdos gerados por meio das pesquisas e, principalmente, das auditorias realizadas anualmente entre os participantes do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja. “Por isso, estamos buscando criar um modelo de Big Data, em que os 12 anos de dados e informações sejam disponibilizados com fácil acesso aos produtores. A ideia é ter um serviço com inteligência artificial, que irá entregar metodologias para ajudar os agricultores a cultivarem mais de 100 sacas de soja por hectare”, destaca.
O Comitê contratou a empresa de consultoria Touch Branding, responsável pela criação do projeto de reposicionamento de marca, que determinou as novas estratégias (pilares de comunicação) e mensagens-chave da instituição e que passam a valer a partir de agora. São elas: atuação em rede, rigor na verificação e análise de dados, ambição pelo novo, busca pela simplicidade e pensamento direcionado a partir da perspectiva de seus produtores. “Com isso, percebemos que o principal objetivo do CESB é entregar de forma gratuita ao público pesquisas e dados que mostrem como as práticas individuais podem servir de exemplo e levar evolução para todos. E nós fazemos isso com as pesquisas em campo, mostrando que a prática pode criar a técnica, ou seja, a produtividade vem da prática”, destaca Caldas.
A disseminação de conhecimento de forma prática e objetiva é um dos pilares do CESB. Por isso, investiu no lançamento do curso de pós-graduação Máster em Tecnologia Agrícola – Soja, realizado em parceria com a Elevagro e o Centro Universitário Octávio Bastos (Unifeob). A primeira turma se iniciou agora em agosto, reunindo produtores e pesquisadores que visam entender como elevar as suas produtividades com sustentabilidade e rentabilidade.
Trata-se de um curso de pós-graduação totalmente online, que reúne especialistas do Brasil nas áreas de Agronomia, Fisiologia, Fitotecnia, Solos, Sanidade e Gestão. A grade curricular foi preparada para tornar os alunos profissionais ainda mais capacitados para os desafios do futuro, com detalhes precisos das novas tecnologias que invadem a vida do campo. Entre as disciplinas estão temas como fenologia da cultura de soja, qualidade de semente e plantabilidade, adubação visando alta produtividade, manejo de plantas daninhas, nutrição foliar, doenças e seu controle, pragas e controle químico, construção do perfil do solo, impacto do clima e manejo e agricultura digital 4.0.
“O CESB, cumprindo o seu papel social de propagar conhecimento e informações referentes à cadeia da soja, agora entra no meio acadêmico para oferecer esse curso ao público interessado. Reunimos os maiores especialistas do agronegócio para disseminar informações técnicas e práticas para que os produtores se superem cada vez mais”, destaca o presidente do CESB, Leonardo Sologuren.
Um dos desafios do CESB para os próximos anos é destacar como a sustentabilidade e a produtividade podem caminhar lado a lado, gerando uma produção com mais consciência e sem agressões ao meio ambiente. Diante disso, na edição deste ano do Desafio CESB, foi realizado com os campeões um Estudo de Ecoeficiência, em parceria com a Fundação Espaço Eco, que mede os recursos utilizados na lavoura, fazendo um paralelo com as emissões de gás carbônico na atmosfera.
O estudo concluiu que se todos os agricultores de soja da região Sul do país produzissem com a mesma performance do campeão nacional da safra 2019/20, haveria uma redução de 75 milhões de toneladas de gás carbônico emitidos para a atmosfera. O campeão da região Sul reduziu em 59% a emissão de gás carbônico na sua produção, enquanto obteve para cada real investido o retorno de R$ 2,80. No comparativo com a média da região, o vencedor do desafio aumentou o retorno em R$ 1,30.
O produtor campeão da região Nordeste obteve um retorno de R$ 3,20 por cada real investido, enquanto outros produtores retiraram a média de R$ 1,40. A sustentabilidade do produtor campeão resultou na utilização de menos 35% de água por quilo de soja produzido. Para chegar nesse resultado, a escolha e uso assertivo de fertilizantes e defensivos agrícolas foram os principais contribuintes. Se todos os sojicultores do Nordeste fossem tão eficientes quanto o campeão nesse quesito de uso de água, seriam poupados 177 bilhões de litros, quantidade necessária para o abastecimento de todo o Nordeste por 16 dias.
“O nosso intuito é expandir essa análise para todos os participantes do Desafio CESB, para que possamos ter um parâmetro maior de estudo e consigamos levar mais informações relevantes sobre práticas sustentáveis no trabalho do campo”, relata o diretor de Marketing.
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