​BRS Sena atrai produtores que buscam economia

Lançado há quatro anos pela Embrapa, tomate híbrido goiano evolui e já apresenta boa produtividade Goiânia, 22 de novembro de 2016

22.11.2016 | 21:59 (UTC -3)
Mônatha Nogueira

­ Resultado de um programa de melhoramento genético realizado pela Embrapa Hortaliças (E mpresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) , o tomate BRS Sena vem garantindo espaço dentro da cadeia produtiva. Lançado há quatro anos, o primeiro híbrido da categoria desenvolvido no Brasil se tornou uma alternativa para o setor que processa o fruto e busca economia nos custos de produção.

Com pouca necessidade de adubação nitrogenada ­ cerca de ⅓ menos em relação ao fruto convencional ­, maior teor de sólidos solúveis ( ºBrix ­ grau Brix) e mais resistente a pragas e doenças, o BRS Sena está disputando espaço na categoria dos híbridos mais eficazes no setor de tomate industrial. As vantagens do produto, que ainda é alvo de aprimoramentos por parte da Embrapa Hortaliças ( Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) chama atenção de produtores e processadores pela capacidade de puxar para baixo o custo de produção. Em alguns casos a redução pode chegar a 5%.

De acordo com a supervisora do setor de prospecção e avaliação de tecnologias da Embrapa Hortaliças, Flávia Clemente, a alta concentração de polpa no BRS Sena tem reflexos no consumo de energia. “Em termos práticos, para cada aumento de um grau Brix na matéria­prima temos um incremento de 20% no rendimento industrial. O processo acontece porque quanto maior a concentração de ºBrix, maior será também a concentração de sólidos solúveis (açúcares) em contraste com a concentração de água, que cai significativamente. Pouca água no fruto representa menos necessidade de energia na indústria para “secar” o produto e concentrar a pasta”, explica a especialista. Em áreas produtivas do norte de Minas Gerais, lavouras do BRS Sena chegaram a atingir um teor de 7,1 de ºBrix.

Na tendência de queda nos custos, a resistência a pragas e doenças ­ geminiviroses, murcha de fusário (raças 1 e 2), pinta­bacteriana raça 0 e nematoides­das­galhas ( Meloidogyne incognita e M. javanica ) ­ reforça o potencial do BRS Sena como produto que pode ser cultivado no cedo, entre os meses de fevereiro e março, gerando produtividade média de 90 toneladas por hectare. Essa característica do primeiro híbrido brasileiro de tomate industrial não é encontrada nos frutos tradicionais que são mais vulneráveis a diversas doenças causadas pelo excesso de umidade do período chuvoso. Somado a isso, o fruto também carrega a vantagem de não possuir protuberância peduncular (joelho que o prende ao galho) tornando mais fácil o desprendimento do tomate durante a colheita mecanizada.

SERVIÇO

8º Congresso Brasileiro de Tomate Industrial

Data: 23 e 24 de novembro

Local: Centro de Convenções de Goiânia

Site: congressotomate.com.br

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