Conselho diretor da Andav para 2024-25 toma posse
A cerimônia de posse não apenas honrou a trajetória de 33 anos da entidade em defesa dos distribuidores de insumos, mas celebrou conquistas e avanços
Nesta semana, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, da inauguração do Complexo Mineroindustrial da EuroChem, em Serra do Salitre, no Triângulo Mineiro. É a primeira unidade de mineração da empresa fora do continente europeu e a expectativa é que chegue a fornecer 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano para a agricultura brasileira.
Toda a produção do Complexo será destinada ao mercado interno, para apoiar a produtividade do agro brasileiro e aumentar a competitividade do setor. Ainda, como consequência, fortalecer a segurança alimentar das gerações presentes e futuras. O empreendimento contou com investimento de US$ 1 bilhão, gerando cerca de 3,5 mil empregos durante a obra.
O presidente Lula destacou que o crescimento econômico brasileiro e os investimentos no país estão atraindo empresas estrangeiras. “A vinda da Eurochem para o Brasil não é apenas a demonstração da crença no Brasil. É a prova de que nosso país está se tornando o celeiro do mundo e uma referência na produção agrícola, com energia renovável e com capacidade de gerar emprego e crescimento”, pontuou.
Também foi reforçado pelo presidente Lula que o Brasil quer reduzir a dependência externa brasileira de fertilizantes. “Nós queremos deixar de ser importadores. O dinheiro que nós pagamos para importar fertilizantes para o Brasil poderia ter sido investido em empresários, que gera empregos aqui dentro, que gera salários aqui dentro, que gera qualidade de vida aqui dentro”.
O ministro Fávaro explicou a importância da fábrica. “Essa planta inaugurada hoje representa 15% da produção nacional de fertilizantes fosfatados. Fertilizantes que declaramos ser de soberania nacional, porque significa alimento. Estão investindo no lugar certo, para produtores e produtoras vocacionados”, ressaltou. “O aumento da produção de fertilizantes será fundamental para incentivar programas como o de conversão de pastagens, para aumentar a produtividade de alimentos no país”, completou.
O Complexo integra, em um único local, desde a extração do fosfato, matéria-prima principal, até a produção de fertilizantes granulados. Além de 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados, a planta industrial produzirá 1 milhão de toneladas anuais de ácido sulfúrico e 240 mil toneladas de ácido fosfórico, subprodutos usados no processo de produção do próprio fertilizante.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou o impacto econômico da fábrica. “Inauguramos uma nova planta integrada de fertilizantes, que significa diminuir a dependência do Brasil de fertilizantes. Significa mais competitividade para o agro. Mineração justa, em três palavras, significa: geração de emprego. Todo esse esforço significou a criação de 3,5 mil empregos durante a fase de obra. E, agora, teremos quase mil e quinhentos empregos diretos e outros três mil empregos indiretos para a região”.
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos. O país é responsável, atualmente, por cerca de 8% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição, atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos. No entanto, mais de 87% dos fertilizantes utilizados no Brasil são importados, evidenciando um elevado nível de dependência externa.
Para mudar esse cenário, o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert), liderado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, aprovou em novembro as diretrizes, metas e ações do novo Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). O principal objetivo é chegar a 2050 com uma produção nacional capaz de atender entre 45% e 50% da demanda interna, além de gerar oportunidades e empregos para os brasileiros.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura