Sachê biodegradável libera agroquímicos de forma controlada
A noite da última quinta-feira (1/10) foi o marco de uma nova fase para o desenvolvimento do setor tritícola no Brasil. Foi inaugurada, em cerimônia que reuniu cerca de 300 produtores, sementeiros, técnicos de toda cadeia tritícola, além de autoridades e a imprensa, o Centro de Pesquisa Genética, a nova sede da Biotrigo Genética em Passo Fundo (RS) totalmente voltada para a geração de tecnologia. O Prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, esteve presente no evento realizado pela empresa, que é líder no mercado de cultivares de trigo no Brasil e América Latina.
A nova unidade da empresa, que também possui uma filial na cidade de Campo Mourão, no Paraná, é 100% brasileira. Criada há oito anos pelos irmãos Ottoni Rosa Filho e André Cunha Rosa, traz na bagagem um programa de melhoramento genético com mais de duas décadas de pesquisa, além de exportar sua genética para países do Mercosul e Estados Unidos. Desde sua criação em 2007, a empresa ampliou o seu quadro de colaboradores de 10 para 50 e segue em crescimento. O investimento de mais de R$ 20 milhões na sua nova infraestrutura tem como objetivo ampliar a sua oferta de produtos e soluções para o agronegócio. Atualmente conta com um portfólio de 14 cultivares de trigo, incluindo dois novos projetos focados em segmentos específicos do mercado.
Para o Diretor Técnico da Biotrigo, Ottoni Rosa Filho, a nova sede representa muito mais que uma renovação dos espaços da empresa. “O Centro de Pesquisa Genética abre um leque de novas oportunidades e de desenvolvimento de pesquisas para impulsionar o desenvolvimento científico e tecnológico da triticultura brasileira. Temos maior capacidade gerencial, maior capacidade de plantar e colher experimentos, de multiplicar novas linhagens, de atender nossos clientes diretos, de desenvolver novos negócios e, especialmente, maior capacidade de gerar conhecimento dentro do melhoramento de trigo. Desafios não faltarão principalmente para quem trabalha com trigo. Vamos desenvolver e entregar maior segurança ao agricultor, mais qualidade ao consumidor e mais competividade para toda a cadeia tritícola”, afirmou em seu discurso. O Diretor de Negócios da Biotrigo, André Cunha Rosa, ressaltou o papel da pesquisa no desenvolvimento da cultura do trigo. “Nossa missão é gerar valor para o agronegócio através de nossas cultivares e de nossos serviços para o melhor uso destas, fortalecendo assim a cadeia tritícola brasileira e do Mercosul. Esta nova estrutura vais nos permitir fazer mais e melhor!”, afirmou.
A força do trabalho, os investimentos em inovação e na pesquisa foram destacados pelo Prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo. “Temos que reconhecer no gesto da Biotrigo o absoluto compromisso com o agronegócio e de confiança na nossa cidade de Passo Fundo e na nossa região, especialmente neste momento que estamos vivendo no Brasil, onde as empresas estão reduzindo os investimentos e a incerteza e o receio dos setores produtivos tem aumentado. Vocês demonstram aqui como é possível investir, empreender e acreditar no futuro. É um verdadeiro exemplo de como se sai na zona de conforto para acreditar no agronegócio brasileiro”, disse o Prefeito.
Na oportunidade, os diretores da empresa anunciaram a inédita conquista da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) de Edificação Construída de Nível A. Esta certificação, que foi concedida pelo Inmetro e Eletrobrás/Procel Edifica, classificou o nível de consumo de energia do prédio administrativo como o mais econômico. Segundo Ottoni, a Biotrigo entende que o bom desempenho econômico-financeiro deve ser acompanhado por claras atitudes em favor do meio ambiente e de todos os públicos com que se relaciona: colaboradores, clientes, fornecedores e sociedade. Por isso, a empresa adota medidas pioneiras e arrojadas de responsabilidade ambiental, visando minimizar e prevenir impactos decorrentes do uso de recursos naturais e da geração de resíduos. “A nossa nova sede, localizada na Estrada do Trigo, em Passo Fundo, é o maior exemplo dessa sintonia entre o crescimento da Biotrigo e o equilíbrio com o meio ambiente. Defendemos uma agricultura sustentável, com maior produtividade, por isso nossas estruturas foram planejadas para promover a economia energética e um maior conforto aos nossos colaboradores e clientes”, afirmou.
O projeto é inédito por ser a primeira edificação comercial etiquetada no Rio Grande do Sul e a primeira edificação do ramo do agronegócio do Brasil a cumprir todos os itens de uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação), redução de desperdícios e de impactos sobre o meio ambiente. No prédio, que 1,8 mil metros quadrados e três andares, as 33 salas estão todas conectadas ao sistema de automação energética e de climatização. A edificação conta com a união de fontes alternativas, como aproveitamento da luz natural, reutilização de água, uso consciente de energia e outros, que no seu conjunto, minimizam os impactos ambientais. “Em todo país há 50 edificações certificadas pelo Procel/Inmetro, destas, apenas 10% são de empresas privadas, o que demonstra nosso pioneirismo e preocupação com a sustentabilidade e comprova a visão da empresa ao se colocar na vanguarda desse movimento no mercado nacional”, reforçou Rosa.
A etiqueta de edificações foi emitida no dia 25 de setembro pelo Inmetro após análise técnica do edifício realizada pela CERTI – Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras, que confirmou o nível de eficiência A (mais eficiente). Para conseguir o reconhecimento, quatro itens foram avaliados (através do método prescritivo e por simulação): envoltória, iluminação, condicionamento de ar e consumo de água.
Localizada na Estrada do Trigo, em Passo Fundo, a nova estrutura soma mais de 14 hectares e 6 mil metros quadrados de área construída. Além do prédio administrativo, na unidade de pesquisa há um conjunto de laboratórios para sementes, fitopatologia, qualidade e biotecnologia com área total de 700 metros quadrados. Nos dois celeiros, que somam quase 3 mil metros quadrados, são armazenadas as sementes experimentais e genéticas. A área de estufas conta com aproximadamente oito mil metros quadrados.
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