Bayer tem seis fábricas no Brasil que operam com energia 100% renovável

Unidades de sementes da companhia utilizam biomassa como combustível para suas operações, deixando de emitir 35 mil toneladas de CO2 por ano

04.06.2020 | 20:59 (UTC -3)
Bruna Bom

A Bayer, multinacional alemã com foco em Ciências da Vida, tem como meta global tornar-se carbono neutro até 2030. No Brasil, alguns projetos e iniciativas já podem ser utilizados como exemplo destes esforços. As unidades produtivas de sementes de milho das cidades de Uberlândia, Paracatu e Cachoeira Dourada, no estado de Minas Gerais, e em Santa Helena (GO), Campo Verde (MT) e Itaí (SP), têm seus processos sustentados por combustíveis de fontes renováveis.

Além da energia elétrica consumida pelas unidades serem oriundas de fontes renováveis, durante o processamento do milho, o combustível provido para as operações de certos equipamentos, vem do próprio milho processado.

Após a colheita, o milho é enviado às unidades de processamento, onde o primeiro passo é realizar a retirada da palha e seleção de espigas. Depois disto, as espigas seguem para o processo de secagem para atingirem a umidade ideal de debulha. O processo de secagem é de fundamental importância para assegurar a qualidade do material processado.

Ao longo deste processo inicial, são gerados dois subprodutos: palha e o sabugo. Ao contrário de descartá-los, ambos são utilizados como combustíveis para caldeiras e fornalhas, equipamentos utilizados no processamento de milho, como fonte de energia/calor para a secagem das espigas.

"Por ano, em nossas unidades são consumidas mais de 70 mil toneladas de biomassa o que representa uma redução equivalente de aproximadamente 12 mil toneladas de gás liquefeito de petróleo (GLP)", diz Thiago Alves, Diretor de Operações de Milho no Brasil. "Vale ressaltar que tal biomassa é um resíduo do processo produtivo de sementes de milho e ao contrário de ser descartada, é utilizada como combustível dentro do mesmo processo que é gerada, ao contrário do GLP, produto comumente utilizado como combustível em outros segmentos, mas que é fabricado a partir de fontes de energia não renováveis", reforça.

O uso desta biomassa equivale a uma redução de emissão de CO2 próxima de 35.000 toneladas por ano - comparável a 1.6 milhão de km rodados por uma frota de veículos a gasolina ou ainda, o equivalente a 4 viagens até a Lua.

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