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A Bayer vai reestruturar sua divisão de Crop Science na Alemanha. O anúncio da multinacional, feito nesta segunda-feira (12/5), confirma o encerramento das operações em Frankfurt até o fim de 2028. A medida acompanha a consolidação da produção em Dormagen e a centralização da pesquisa em Monheim. A reorganização tenta frear os impactos da concorrência de genéricos agrícolas vindos da Ásia, cujos preços pressionam o mercado europeu.
A decisão reflete a necessidade de manter a competitividade global. Conforme a empresa alemã, fabricantes asiáticos inundaram o mercado com princípios ativos e formulações de pesticidas a preços inferiores aos custos europeus. Ao mesmo tempo, regulações ambientais mais rígidas e barreiras à exportação aumentam os desafios operacionais dentro do continente.
A empresa pretende vender parte das operações de Frankfurt, onde hoje trabalham cerca de 500 pessoas. O local produz ingredientes ativos e formulações de herbicidas e também abriga pesquisas na área. Algumas dessas atividades serão transferidas para Dormagen e Knapsack. Outras poderão integrar a rede europeia de formulação da companhia.
Monheim tornar-se-á o novo centro de pesquisa e desenvolvimento da Bayer em proteção de cultivos. Hoje, já abriga iniciativas em inseticidas e fungicidas. Em 2023, a companhia iniciou ali a construção de uma instalação de ponta para novos pesticidas. Com isso, a cidade será o núcleo das inovações agrícolas da empresa. A Bayer assegura que a Alemanha continuará sendo o principal polo de pesquisa em agroquímicos do grupo.
Dormagen, onde atuam quase 1.200 pessoas, passará por reestruturação. O polo continuará a produzir defensivos e ingredientes ativos, mas a empresa deixará de fabricar compostos genéricos — que perderam viabilidade econômica. A mudança afetará cerca de 200 postos de trabalho. O corte será gradual até 2028. A meta é fortalecer o local com tecnologias e produtos inovadores, voltados a diferenciação de mercado.
Frank Terhorst, chefe de Estratégia e Sustentabilidade da divisão agrícola, reconheceu que as decisões são difíceis. Segundo ele, ajustes são necessários para manter as operações no país e atender os agricultores de forma competitiva. Terhorst afirmou que a Bayer buscará soluções viáveis com os representantes dos trabalhadores. A esperança é que parte das atividades em Frankfurt continue com novos proprietários.
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