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A B3, a bolsa do Brasil, anuncia a criação de um índice que irá acompanhar o desempenho dos contratos futuros de Milho (CCM): o Índice Futuro de Milho B3 (IFMILHO B3).
O milho é usado pela indústria na fabricação de produtos como o óleo vegetal, a farinha, o farelo, o fubá e cremes para o setor alimentício. Como o Brasil conta com diferentes locais de cultivo, a produção garante a oferta em boa parte do ano. No entanto, grande parte das negociações acontece nos períodos de safra e entressafra.
Assim, o contrato futuro de Milho (CCM) foi desenvolvido para dar aos participantes do mercado uma ferramenta para a gestão do risco de oscilação de preço dessa commodity, permitindo que eles prevejam antecipadamente quanto irão receber pela produção.
O Índice Futuro de Milho B3 (IFMILHO B3) é o resultado de uma carteira teórica de contratos futuros de Milho (CCM). Dessa forma, o indicador refletirá a variação do preço da commodity.
“A importância do agronegócio para a economia brasileira é inquestionável. Ter um índice baseado em uma commodity forte, como é o caso do milho, dá ao mercado a oportunidade de criar produtos como ETFs, que aproximam ainda mais o investidor do mundo do agronegócio”, afirma Luís Kondic, diretor executivo de Produtos Listados e Dados da B3.
"O IFMILHO B3 trará mais visibilidade para o contrato futuro de Milho e sua dinâmica. Isso tende a trazer um número maior de interessados para o produto, aumentando o volume de negociação", complementa Thiago Ferraz, Superintendente de Negociação da B3.
O objetivo do IFMILHO B3 é ser o indicador de retorno total de uma carteira teórica composta por Contratos Futuros de Milho (CCM). Como cada um desses contratos tem duração de dois meses, opera-se a rolagem do contrato atual para o contrato de vencimento subsequente no final de cada bimestre.
O índice será calculado diariamente, com base no preço de ajuste dos contratos. Durante cinco pregões anteriores ao vencimento do contrato vigente, a partir do 9º dia útil anterior, será criada uma cesta, na qual o preço do índice será uma média ponderada entre a variação do preço do contrato vigente e o preço do contrato com vencimento imediatamente subsequente.
Essa ponderação será feita de forma gradual, conforme a tabela abaixo:
Considerando essa metodologia, uma simulação aferiu qual teria sido o retorno anualizado do IFMILHO B3 a partir de 2017. Se o indicador tivesse existido desde então, teria acumulado uma variação anualizada positiva de 28,63%. Esse resultado é 7,63 pontos percentuais superior à rentabilidade do ICB (Índice de Commodities Brasil) no mesmo período.
A criação do IFMILHO B3 é mais uma das iniciativas da B3 que impulsionam o agronegócio, conectando o setor e os investidores a produtos e serviços que protegem e financiam um segmento tão relevante para a economia brasileira.
Nesse sentido, a bolsa do Brasil oferece um ambiente para listagem das companhias do agronegócio, para captação de recursos via ofertas de ações (IPOs e follow-ons); registro de produtos que auxiliam os produtores rurais e toda a cadeia no financiamento da produção agrícola, com a CPR, a CPR Verde, o CRA e a LCA; além dos contratos futuros e operações de hedge para seguro de preços de milho, boi, café e soja.
Com a listagem dos Fiagros, fundos de investimento nas cadeias produtivas agroindustriais, no final de 2021, os investidores passaram a ter mais uma opção de aplicar seus recursos em um produto atrelado ao agronegócio.
Recentemente, a oferta de índices da B3 também passou a contemplar o IAGRO B3, primeiro indicador com a temática do agronegócio. O diálogo com o segmento se ampliou ainda mais com o lançamento da plataforma Índices on Demand, que abriu espaço para a criação de indicadores baseados em produtos da frente de Balcão, como contratos futuros. O IFMILHO B3 é fruto dessa novidade.
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