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O setor aeroagrícola brasileiro entrou hoje no quarto e último dia de participação na Convenção da Associação Nacional e Aviação Agrícola dos Estados Unidos (NAAA, na sigla em inglês), que acontece na cidade de Reno, Estado de Nevada. Além do presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Júlio Kämpf, e do diretor-executivo da entidade, Gabriel Colle, a delegação brasileira tem ainda três empresas que estão buscando entrada no país que tem o maior mercado mundial do setor – a paranaense Zanoni Equipamentos e as gaúchas Smart Composer e Travicar Tecnologia Agrícola.
Esta é a terceira vez que o Sindag participa da feira, através de uma parceria firmada em 2016 com a NAAA. Porém, esta vem sendo a edição de maior movimentação no estande do sindicato brasileiro, principalmente de visitantes curiosos com o projeto Aviação Agrícola 360°. Trata-se de uma iniciativa de divulgação da aviação agrícola através de realidade virtual, através de óculos especiais para acompanhar uma operação em lavouras – desde o briefing da missão até o abastecimento da aeronave e o voo sobre a lavoura.
Uma ideia simples e usando uma tecnologia que não é nova, mas uma novidade no trabalho de aproximar o setor da sociedade, mostrando a operação em escolas, universidades, eventos comunitários e outras ocasiões, e também no treinamento de pessoal para o setor. E que, dentro do Reno-Sparks Convention Center, despertou a curiosidade desde de diretores da NAAA, quanto do alto escalão de empresas fabricantes de aviões e outros representantes de todo o trade em torno do setor.
Ações para o Brasil
Além da troca de experiências e de incentivar as empresas brasileiras a focarem no mercado norte-americano – não só para vender a qualidade brasileira, mas também para se aprimorar, o interesse do Sindag em visitar a Convenção Anual da NAAA é atrair expositores para o Congresso da Aviação Agrícola do Brasil, cuja próxima edição vai ocorrer ano que vem em Sertãozinho (SP), de 30 de julho a 1º de agosto. Desde que o sindicato empresarial brasileiro começou a frequentar o evento norte-americano, três novas empresas de lá passaram a figurar no rol de estrangeiras no congresso organizado anualmente pelo Sindag e, junto com as nacionais, somaram 89 expositores no último congresso, ocorrido em agosto em Maringá (PR), com o terceiro recorde consecutivo.
Outra consequência positiva dessa aproximação do Sindag com a coirmã americana é a consolidação de parcerias que já existiam, mas que estão ganhando maior abrangência. Caso da texana Air Tractor, maior fabricante do mundo de aviões agrícolas. A empresa sempre esteve nos congressos aeroagrícolas organizados pelo Sindag, mas a partir das conversas intensificadas aqui e lá anunciou este ano que pretende investir em ações do Sindag e do Instituto Brasileiro de Aviação Agrícola (Ibravag), surgido em 2018, por iniciativa do sindicato e para abranger um público maior do que apenas os empresários aeroagrícolas.
O próprio presidente da Air Tractor, Jim Hirch, recebeu ontem de Júlio Kämpf o projeto de ações conjuntas do Sindag e Ibravag para os próximos anos. Com foco tanto na comunicação do setor com a sociedade, quanto na qualificação de seus profissionais, Hirch reiterou a vontade de investir nas iniciativas, mas ressaltou que o projeto deve passar em janeiro pela reunião com seus conselheiros, para definir o orçamento para 2019/2020. O Brasil é estratégico para a Air Tractor, que vendeu por aqui cerca de 50 aviões este ano.
O Brasil tem a segunda maior frota agrícola do mundo, com cerca de 2,1 mil aeronaves, enquanto os Estados Unidos, no topo do ranking, têm cerca de 3,6 mil aviões e helicópteros atuando em suas lavouras.
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