O PIB
do agronegócio brasileiro segue em forte ritmo de crescimento. Com novo avanço
no segundo trimestre de 2021, o PIB do agronegócio nacional acumula alta de
9,81% no primeiro semestre deste ano, confome cálculos realizados pelo Cepea
(Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria
com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
Considerando-se os desempenhos do agronegócio e da economia
brasileira até o momento, a participação do setor no PIB total deve se manter
em torno de 30% no ano. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem dos
resultados observados para o ramo agrícola, tendo em vista que o pecuário caiu
no balanço do primeiro semestre de 2021.
Ramo
agrícola
O PIB
do ramo agrícola cresceu 14,46% nos seis primeiros meses de 2021, com altas
importantes para todos os segmentos. Pesquisadores do Cepea indicam que o
segmento primário (agricultura) manteve o destaque, com o excelente resultado
do PIB impulsionado pelo elevado patamar real dos preços agrícolas. No entanto,
o avanço dos custos com insumos e as quebras de produção em diferentes
culturas, devido ao clima desfavorável, limitaram o crescimento do PIB.
Segundo pesquisadores do Cepea, a recuperação da produção
agroindustrial e o forte resultado dos agrosserviços chamaram a atenção. Na
agroindústria, a recuperação do nível de produção foi intensificada a partir de
abril, e os setores que se destacaram foram o de produtos e móveis de madeira,
de papel e celulose, o setor têxtil e de vestuário, o de produção de conservas
e o de bebidas. Os altos preços reais desse segmento continuaram favorecendo o
resultado. No caso dos agrosserviços, o forte avanço do PIB esteve atrelado aos
desempenhos a montante – ao bom desempenho do campo e, mais recentemente, à
recuperação da produção agroindustrial mencionada –, que contribuíram para a
ampliação do uso de serviços diversos, desde comércio e transporte até
financeiros, de comunicação, jurídicos, contábeis etc.