Auditores agropecuários encontram insetos em embalagens de madeira vindas do exterior

Caso aconteceu no Porto de Santos; material foi coletado para análise em laboratório, ainda não se sabe se as pragas podem representar danos econômicos na agropecuária

08.03.2024 | 15:41 (UTC -3)
Revista Cultivar, com informações de Shismênia Oliveira
Espécie ainda não foi definida - Foto: Divulgação/Anffa Sindical
Espécie ainda não foi definida - Foto: Divulgação/Anffa Sindical

Durante uma inspeção de rotina no Porto de Santos, São Paulo, na última quinta-feira (7), um alarme foi acionado pelos auditores fiscais federais agropecuários. A equipe identificou a presença de dois insetos em pallets que armazenavam mercadorias importadas. Junto aos insetos, foi observada a presença de serragem e outros resíduos que sinalizam infestações ativas na madeira, um indicativo preocupante que ainda não permite determinar os potenciais danos econômicos à agropecuária brasileira.

Quando se detecta a presença de pragas quarentenárias, ou seja, aquelas não existentes no Brasil, as mercadorias e embalagens de madeira envolvidas podem ser submetidas a tratamentos específicos e até mesmo devolvidas ao exterior, seguindo a legislação vigente. A adoção dessas medidas se torna essencial para salvaguardar as florestas plantadas e nativas do país frente ao risco confirmado dessas pragas.

Ricardo Leite, um dos auditores agropecuários envolvidos na inspeção, destacou a importância dessa vigilância. “As inspeções em embalagens de madeira, especialmente aquelas provenientes da Ásia, são cruciais para prevenir a entrada de pragas que podem acarretar prejuízos econômicos significativos para o país, afetando tanto os plantios florestais quanto as culturas agrícolas”, explicou.

Os insetos encontrados foram prontamente enviados para análise em laboratório especializado. O Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conduz agora uma avaliação de risco detalhada para orientar futuras ações de vigilância. O objetivo é prevenir a entrada e disseminação dessas pragas em território nacional. Como parte do procedimento padrão, a ocorrência será comunicada às Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária dos países exportadores, como uma medida de reforço às ações preventivas já existentes.

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