Área plantada com soja será recorde na América do Sul

A área plantada com soja na América do Sul deverá atingir 59,527 milhões de hectares na safra 2018/19. O número se encontra abaixo dos 59,607 milhões de hectares que estavam previstos em novembro, mas ainda 3% acima da área observada na temporada passada, consolidando, assim, um novo recorde histórico, segundo estimativa feita pela DATAGRO Consultoria.

Para a colheita, os números também são positivos. São esperadas 182,117 milhões de toneladas na safra 2018/19. O número representa um aumento de 5% em relação ao montante colhido na temporada anterior, que chegou a 173,110 milhões de tons. A projeção anterior apontava para uma colheita de 195,212 milhões de tons. No entanto, com as fortes perdas registradas no Brasil e Paraguai, a produtividade média das lavouras foi revista para 3.059 kg/ha, abaixo dos 3.275 kg da previsão passada.

Entre os países do bloco, o Brasil segue como principal produtor. Contudo, a DATAGRO revisou os números de produção devido à problemas com o clima, passando de 121,900 milhões de tons em 2019, para 112,084 milhões previstas para este ano (recuo de 8%). Para a área, são esperados 36,067 milhões de hectares, alta de 2% sobre 2017/18 (35,241 milhões de ha).

Na Argentina, a produção terá um salto, passando de 37 milhões de toneladas para 55 milhões no ciclo atual, uma elevação de 49%. A área será de 17,500 milhões de ha, 7% superior aos 16,300 milhões de ha na última temporada.

Para o Paraguai, são esperadas 8,900 milhões de tons. Caso a estimativa se confirme, ela ficaria 11% abaixo dos 10 milhões de tons da safra 2017/18. Para a área é esperado um aumento de 6%, totalizando 3,7 milhões de ha, contra 3,498 milhões do último ciclo.

Na Bolívia, o clima favoreceu a safra de verão. Com isso, a colheita da oleaginosa deverá crescer 19%, chegando a 3,233 milhões de tons. A área crescerá 7%, com 1,360 milhão de hectares.

O clima também será positivo para a safra no Uruguai. Na safra 2018/19, a colheita no país vizinho pode chegar a 3 milhões de tons, ante 1,490 milhão no ano passado. Em contrapartida, o país foi o único no bloco a reduzir a área a ser colhida em 18%, que será de 1 milhão de hectares.