Setor produtivo busca fomentar o agronegócio do arroz em Goiás
Encontro aconteceu na Embrapa Arroz e Feijão
Mato Grosso inaugura, na sexta-feira (20/09), um jeito de promover o gerenciamento de riscos nas lavouras de soja e milho, através da compilação de dados oriundos da medição meteorológica com estações físicas instaladas em propriedades rurais. Trata-se do programa Aproclima, criado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), que analisa e reproduz com inteligência informações meteorológicas fornecidas a partir dos quatro cantos do estado para formação de um banco de dados que subsidiará os produtores na tomada de decisões.
Dados mais precisos fornecidos diariamente por ao menos 33 estações físicas instaladas em propriedades rurais do estado vêm sendo utilizados para um casamento de informações compiladas pelo parceiro “Tempo Campo”, programa desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), sob a coordenação do professor Fábio Marin, e analisadas pelos técnicos do segundo parceiro da iniciativa, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que faz a divulgação dos boletins.
Os produtores que aderiram à iniciativa conseguem, através do acesso pela internet, acompanhar a variação de tempo em sua propriedade e as previsões climáticas. Todos os meses, o informe “Relatório de Acompanhamento Climático” é divulgado com avaliações sobre as perspectivas para o período seguinte. No atual é possível averiguar a falta de chuvas para boa parte do território mato-grossense ao longo de setembro, informação que impacta diretamente na decisão sobre o início do plantio da soja, por exemplo.
Sob a responsabilidade da Gerência de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, o setor destaca a importância da formação do banco de dados meteorológicos para diversos fatores essenciais à produção de soja e milho em Mato Grosso. Pelo fato de o estado ser dono de biomas variados e microrregiões que apresentam diferenciadas realidades meteorológicas, buscar maior precisão na aferição dos eventos climáticos pode contribuir sobremaneira.
“Quando se tem um histórico de dados, com os ciclos meteorológicos, é possível ter uma visão comparativa desses ciclos para adotar medidas mais assertivas. Mato Grosso é muito grande. Para lidar com as variações de características e conseguir posicionar é preciso um histórico com maior precisão possível, o que temos a partir das estações físicas nas propriedades”, acrescentou o Gerente de Defesa Agrícola da entidade, Daniel Pasculli.
A construção do banco de dados pelos próximos anos pode vir a contribuir, também, na contratação do seguro rural pelos produtores, por exemplo. Conforme os técnicos de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, as seguradoras se baseiam nas condições climáticas de plantio dos estados do Sul, onde é comum as variações provocarem perdas com mais frequência, o que culmina em mais custos do seguro. Com as informações precisas a partir das compilações do Aproclima, será possível que a entidade ajude o produtor a negociar por valores condizentes com a realidade mato-grossense.
“A partir de dados confiáveis gerados pela Aprosoja, podemos ajudar a rever essa situação do seguro rural e contribuir para elaboração de políticas públicas para o setor com base neles, pois são dados reais, precisos”, ponderou o gerente.
O programa Aproclima será apresentado a produtores rurais dos quadros da Aprosoja-MT em evento de lançamento na noite de sexta-feira. Na ocasião, o público vai acompanhar a palestra do professor PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin (EUA), Luiz Carlos Molion. Sua fala será exatamente sobre as perspectivas do tempo para a safra 2019/2020. O evento terá início às 18h30, no Espaço Gourmet da Aprosoja-MT.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura