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O Brasil deve colher 120 milhões de toneladas de soja na safra 2019/2020. Conforme informações da edição de abril do boletim Estimativa de Safra, divulgado nesta terça-feira (14/4) pela Aprosoja Brasil, a projeção é inferior àquela feita em março, quando a entidade estimou a safra em 120,6 mi/t. Os dados foram obtidos junto a técnicos e sojicultores dos 16 estados produtores.
A área plantada com a oleaginosa será de 37,2 milhões de hectares. Mato Grosso segue na liderança da produção nacional, com 34.014 mi/t, seguido do Paraná (20.721 mi/t). O Rio Grande do Sul sofreu com forte estiagem em algumas regiões e teve sua estimativa reduzida para 10.456 mi/t, ficando na quinta colocação.
Os números gerais, porém, são suficientes para manter o Brasil na liderança no ranking mundial da produção, com 36% da soja produzida no planeta. Na segunda colocação aparece os Estados Unidos, que deve colher 97 mi/t e responde por 29% da soja mundial, seguido da Argentina, que produz 65 mi/t e abrange 16% da produção. Juntos, esses três países respondem por 81% da produção mundial da oleaginosa.
O Brasil lidera também nas exportações, com 77 mi/t comercializadas (52% do total exportado), seguido pelos Estados Unidos, que vendeu 48 mi/t (33% do total exportado) e pela Argentina, que vendeu 13 mil/t (6% do comércio internacional). Os três países somam 91% das exportações mundiais.
O país bateu novo recorde de exportação em março: 13,3 mi/t ante 12,3 mi/t em maio de 2018. O Brasil já comercializou 60% da safra 2019/2020 e 10% da safra 20/21 e já escoou 35 mi/t neste ano. A China segue comprando soja brasileira devido ao elevado teor de óleo e proteína do produto nacional. O Brasil exportou para a China 60 mi/t em 2019 (contra 66 mi/t em 2018) e deve exportar entre 60 e 66 mi/t em 2020.
A Covid-19 deve levar a uma recessão mundial com estimativa de queda no PIB Global de até -2%. O menor crescimento do PIB global afeta mercados, câmbio e o crescimento do consumo nos países ricos. A China importou 82 mi/t de soja em 2019 e deve importar 85 mi/t em 2020. Tudo indica que os problemas internos serão resolvidos e o país tornará a importar 90 mi de t. Com a superação da epidemia e da Peste Suína Africana, que reduziu rebanhos suínos chineses, o país segue importando soja e carnes no mercado internacional e deve retomar a produção interna de proteína animal, elevando o consumo de soja.
A primeira fase do acordo comercial traz estabilidade ao mercado, mas não garante compras de soja dos Estados Unidos por parte da China, que comprará de acordo com o preço e disponibilidade. Há perspectiva de compras a partir do segundo semestre com a entrada da safra norte-americana no mercado.
Produzido também a partir de dados coletados junto à Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria e Comércio (Secex), o boletim informa ainda que 50% da soja brasileira é destinada para exportação e 25% do farelo de soja exportado no mundo foi produzido no Brasil. A soja e o farelo produzidos no país são consumidos por 65 países. Além disso, o complexo soja responde por ¼ dos produtos exportados pelo agronegócio.
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