Após baixa pressão no início da safra, mosca-branca vira desafio para produtores de soja

Plantio tardio e verão chuvoso adiaram surgimento da praga na safra 2017/2018, mas o surgimento de infestações em várias regiões do país exige atenção dos agricultores

23.02.2018 | 20:59 (UTC -3)
Tayane Scott

O combate à mosca-branca tem sido um dos maiores desafios do campo. Com alta rapidez de proliferação, a praga sugadora tem sido encontrada nesta safra, em lavouras de soja nos estados de Mato Grosso, Goiás e Bahia. “A praga chegou mais tarde esse ano por conta do atraso no plantio e da grande pluviosidade nessas regiões nos últimos meses. Mas agora aumentou consideravelmente e a tendência é continuar nesse crescimento”, afirma Luis Fernando de Andrade, gerente de inseticidas da Ihara, empresa especializada em tecnologias para a proteção de cultivos.

A mosca-branca tem um alto poder de devastação, podendo responder por até 100% das perdas se controlada tardiamente. Especialistas alertam que o monitoramento das safras deve ser constante, já que quanto mais cedo o problema for detectado, maior será a eficiência do manejo. “Existem diversas estratégias para evitar a infestação, como medidas em relação às janelas de semeadura, por exemplo. Mas, o que recomendamos é utilizar os inseticidas mais cedo nessas lavouras. Temos inseticidas que atuam nas fases jovens da praga, quebrando o seu ciclo”, explica Germison Tomquelski, pesquisador de pragas e plantas daninhas da Fundação Chapadão.

Os dois profissionais alertam, ainda, para o fato de que essa cultura da soja antecede outras lavouras como o algodão e o feijão. Por isso, o manejo se faz ainda mais importante para evitar a proliferação da mosca-branca no final da soja tardia e nas subsequentes plantações. “Ela suga a seiva das plantas como soja, algodão e feijão. Ao fazer isso, faz com que a planta desenvolva fungos, chamado fumagina. A fumagina acaba cobrindo a folha, impedindo a fotossíntese e diminuindo a produtividade. Quando você tem esses ataques, as folhas caem mais cedo, levando ao prejuízo”, explica Tomquelski.

Grandes vilões

Registrada no Brasil em 1928, por Bondar, a mosca-branca sempre foi considerada uma vilã na agricultura devido a sua grande capacidade de gerar danos, sejam indiretos, como vetor de viroses, sejam diretos, pela sucção de seiva. Possuindo mais de 500 hospedeiros, a praga habita as mais diversas regiões brasileiras.

O sucesso no controle químico da mosca-branca está na utilização de um inseticida que efetivamente controla as fases jovens desta praga quebrando eficientemente o seu ciclo. “Nesta safra, a Ihara trouxe ao mercado um inseticida inovador que consegue, justamente, atingir a praga em qualquer fase do ciclo. Ele é hoje o único do mercado capaz de realizar o combate aos ovos, ninfas e adultos nas culturas de soja, feijão, algodão e tomate”, conta Luis Fernando de Andrade.

O inseticida Privilege se destaca pelo seu triplo modo de ação (contato, sistêmico e translaminar). No caso de ação sistêmica, o produto consegue percorrer toda a planta, atingindo o inseto no momento em que ele suga a seiva. Já com a característica translaminar, é capaz de passar através das folhas, alcançando locais que a pulverização não atinge diretamente, anulando assim o desenvolvimento dos ovos e das ninfas depositados na parte inferior da folha, conferindo o controle de imediato e por mais tempo

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