Jacto lança adubadora Uniport 8030 NPK no Show Rural
A máquina possui reservatório com capacidade para 8.000 kg, além do motor dianteiro, nova suspensão e cabine
O Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo, mas, atualmente, toda essa produção depende da importação de um insumo fundamental: fertilizantes. A forte dependência externa é fonte de vulnerabilidade para o agronegócio nacional, e, por isso, o país tem buscado impulsionar o setor doméstico com investimentos internacionais.
Para se conectar com os principais players do segmento, representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) participaram da conferência Argus Latinoamerica Fertilizer 2024, em Miami, entre os dias 5 e 7 de fevereiro. O objetivo da ação é atrair investimentos estrangeiros para a produção brasileira de fertilizante, em alinhamento com o Plano Nacional de Fertilizantes.
Em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), a equipe da ApexBrasil atendeu investidores e empresários interessados em atuar no mercado nacional. Ao conhecer melhor o ambiente de negócios e regulatório no Brasil, os potenciais investidores reduzem os riscos inerentes ao investimento.
De acordo com o coordenador de Investimentos da Agência, Carlos Padilla, a parceria com o Mapa e Sinprifert fortalece a proposta de valor para o investidor internacional. "O trabalho conjunto proporciona, em um só espaço do Brasil no evento, no modelo de one stop shop, todos os principais atores e informações necessárias para facilitar e acelerar a tomada de decisão de investimentos consciente”, explicou.
Durante um dos painéis técnicos do evento, os representantes do Mapa apresentaram o panorama da agricultura brasileira, com foco no uso energético e de fertilizantes do setor. O baixo custo de produção de energia limpa no país foi destaque, já que é um diferencial competitivo para a fabricação de fertilizantes, atividade intensiva em energia.
O secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Julio Ramos, considerou a participação na conferência um marco importante para a promoção da agricultura sustentável do Brasil no cenário global. “A discussão em torno do Plano Nacional de Fertilizantes, visando reduzir a dependência do Brasil de fertilizantes importados, reforça a busca por uma produção mais autossuficiente e sustentável. É uma iniciativa fundamental para garantir a competitividade e a sustentabilidade da produção nacional no longo prazo”, ressaltou .
Para demonstrar um pouco da potência do agronegócio brasileiro, uma das ativações do evento foi o espaço barista, em que foram servidos 10 quilos de cafés especiais do Brasil. A parceria da ApexBrasil com a Brazil Specialty Coffee Association (BSCA) ofereceu aos participantes degustações de um café especial mineiro, produzido com fertilizantes da Yara, a segunda maior empresa do setor operando no Brasil.
O Brasil já está entre os maiores produtores de alimentos do mundo, e a previsão, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é que a produção aumente muito ainda. Até 2026/27, a estimativa é de crescimento de 41%, muito acima da performance prevista para Estados Unidos (+10%), União Europeia (+12%) ou China (+15%).
O crescimento na produção de alimentos, contudo, é diretamente proporcional ao uso de fertilizantes. Em 2022, a produção brasileira desses insumos foi de 7,5 milhões de toneladas, para um consumo de mais de 41 milhões. As projeções indicam que esse número deve chegar a mais de 77 milhões de toneladas até 2050.
Hoje, o Brasil depende sobretudo de Rússia, China e Canadá, mas há centros de excelência no país em fertilizantes, com alto potencial de aumento de produção. As maiores empresas que atuam no país no setor são Mosaic, Yara, Fertipar e Fertilizantes Tocantins, que, juntas, detêm mais de 85% do marketshare do setor.
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