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No mês de outubro, produtores brasileiros de algodão participaram do evento anual da International Cotton Association (ICA), em Liverpool, Inglaterra. A delegação, organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), teve por objetivo ampliar o fornecimento de algodão sustentável ao mercado internacional.
A Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) esteve presente na comitiva com seu presidente Luiz Carlos Bergamaschi e os diretores Patrícia Morinaga e Celestino Zanella. A delegação brasileira também participou do Cotton Brazil Luncheon, evento voltado a empresários e investidores do setor têxtil, que antecedeu o ICA Trade Event 2024.
Durante o Cotton Brazil Luncheon, a Abrapa apresentou dados atualizados sobre a produção e o mercado do algodão brasileiro. Também foram realizados painéis de discussão, sendo o primeiro sobre as previsões para o período comercial de 2024/2025 e o segundo focado nos desafios e expectativas para 2025. Esses painéis contaram com a participação de representantes da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e do presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi. O presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, e o presidente da Anea, Miguel Faus, encerraram as apresentações.
O Brasil promoveu, dentro da programação oficial do ICA, o painel “Cotton Connected: Brazil’s Role in Helping Secure Global Cotton’s Place in the Future of Textiles”. O tema abordado foi o papel do Brasil como um dos principais atores mundiais na garantia de um futuro sustentável para o algodão no setor têxtil. Segundo Bergamaschi, o ICA é um evento estratégico para que produtores e exportadores brasileiros possam apresentar o algodão nacional e as vantagens competitivas da pluma.
“O ICA promove rodadas de negócios importantes e discussões sobre o papel do Brasil no mercado consumidor da fibra. Como o principal fornecedor mundial de algodão sustentável atualmente, é essencial reunir diferentes visões do setor, desde o cultivo e produção até o comércio, passando pelo marketing, fiações e varejo”, afirmou. Ele destacou ainda que o Brasil ganha notoriedade no mercado internacional pela produção e fornecimento confiável e sustentável de algodão. “O Brasil tem potencial para produzir e aumentar a participação do algodão, uma fibra natural, no mercado global das fibras têxteis, com sustentabilidade, confiabilidade e competitividade”.
No ano comercial 2023/2024, que se encerrou em julho, o Brasil assumiu pela primeira vez a posição de maior exportador mundial de algodão. Para a safra 2024/2025, a projeção é de 3,67 milhões de toneladas de pluma, um aumento de 13% em relação a 2023/2024. As exportações devem alcançar 2,86 milhões de toneladas, 6,7% a mais que no ciclo 2022/2023, de acordo com dados da Abrapa. A Bahia, segundo maior estado produtor de algodão no Brasil, prevê um aumento de 10% na área plantada em comparação com 2023/2024, quando foram cultivados 345.431 hectares, com uma produção de 1,7 milhão de toneladas de algodão em caroço e 691,4 mil toneladas de pluma.
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