Evento vai apresentar potencial da canola no Brasil
O XI Curso de Canola, marcado para o dia 21 de março, em Passo Fundo, RS, traz o tema “Acerte no manejo e colha resultados”
Tudo indica que, por diversos fatores, não teremos uma safra recorde de laranja e de tangerina em 2019. Pedro Fávero, sócio e diretor da AlfaCitrus, uma das cinco maiores beneficiadoras de laranjas e tangerinas do Brasil, cita a incidência do greening como um dos principais motivos. “Há uma escassez de produtos específicos para combater esta doença. Trata-se de um dos maiores problemas da citricultura”, pontua.
Além do greening, Favero destaca a importância do solo e do clima. “Com uma temperatura muito alta, a evaporação no solo é maior e perdemos umidade. Isso interfere diretamente na planta, pois ela gosta de terra molhada”.
Por conta destes motivos, Favero prevê que a safra de laranja e tangerina em 2019 seja de apenas 10% maior do que a de 2018, indo de aproximadamente 275 milhões de caixas para um volume entre 300 e 320 milhões de caixas, contabilizando a produção do Estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro.
O engenheiro agrônomo Arlindo de Salvo Filho concorda com esta projeção. Consultor em citricultura desde 1977, ele acrescenta que a expectativa de uma super safra, como a de 2017, não irá se concretizar por conta também do choque térmico e da má distribuição de chuva.
“Na época da florada, que foi excelente, falava-se em uma safra de cerca de 400 milhões de caixas. Mas, a fase de pegamento foi atrapalhada pelo choque térmico. Em algumas regiões, chegou a fazer 5°C a noite e 35°C durante o dia, uma variação de 30°C”, relata.
Esta variação muito alta de temperatura, associada a uma má distribuição de chuvas, contribuiu, segundo o engenheiro agrônomo, para que muitas frutas caíssem, prejudicando a produção.
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