AgroGalaxy divulga resultados financeiros do segundo trimestre de 2024

O AgroGalaxy apresentou um crescimento de 30% na carteira de pedidos entre os meses de junho e julho de 2024. A margem bruta aumentou 19,5% no segundo trimestre de 2024. Todavia, o lucro bruto ajustado caiu em relação ao mesmo período do ano anterior. Esses dados foram divulgados no balanço de resultados da companhia.

Comparado ao mesmo período do ano anterior, o AgroGalaxy registrou recordes nas operações de barter, com 377 mil toneladas no 2T24 em comparação com 105 mil toneladas no mesmo período de 2023. Atualmente, o barter representa 42% dos negócios da empresa.

Outro destaque do balanço foi o aumento no mix de especialidades, segmento com maior margem bruta. Esse segmento atingiu 17,0% no 2T24 em comparação com 9,4% no 2T23. Houve também uma redução nas vendas do segmento de fertilizantes, que possui menor lucratividade, o que contribuiu para a expansão da margem bruta ajustada de insumos.

No entanto, o lucro bruto ajustado foi de R$ 51 milhões no 2T24, uma queda em relação aos R$ 93 milhões do 2T23, com uma margem de 4,8%, praticamente estável em relação ao ano anterior (-0,3 p.p.). A receita líquida totalizou R$ 1,1 bilhão, uma redução de 42% em relação ao 2T23. A queda na receita de grãos foi atribuída principalmente à diminuição no preço (-27%) e no volume (-13%), resultado de uma produção abaixo do estimado para milho e soja, impactada por condições climáticas desfavoráveis.

A redução na receita com insumos deve-se à queda no volume (-48%) e no preço (-10%). Além disso, houve um aumento no cut-off para fertilizantes no 2T24, de -R$ 170 milhões, em comparação com -R$ 76 milhões no 2T23. Um incremento de cerca de R$ 90 milhões poderia ter sido registrado como receita no 2T24, mas foi postergado para o próximo trimestre. Se o cut-off fosse desconsiderado, o impacto da queda no volume seria de -25%, em vez dos -48% registrados.

Para Axel Labourt (na foto), CEO do AgroGalaxy, os resultados do segundo trimestre de 2024 estavam dentro das expectativas em um mercado ainda desafiador. "Nossos resultados refletem um mercado desafiador para todo o agronegócio. Contamos com uma queda na produção da safrinha e estimativas de redução também na produção de soja, além de condições climáticas que impactaram o mercado em geral. Porém, já sentimos os efeitos das mudanças que fizemos nos últimos meses em mais eficiência operacional, além de oportunidades para continuarmos apoiando os produtores rurais neste cenário adverso", afirmou.