AgroBrasília apresentará variedades de frutas de clima temperado adaptadas ao Cerrado

Produtores do Planalto Central têm apostado no cultivo de maçã e já colhem os primeiros resultados

06.05.2019 | 20:59 (UTC -3)
AgroBrasília

A fruticultura vem conquistando cada vez mais espaço no Planalto Central. No Distrito Federal, a produção de uva já ganhou adeptos na região, cujo solo e clima, bastante favoráveis, têm garantido êxito no plantio da cultura.

A novidade agora fica por conta do cultivo da maçã, fruta de clima temperado que tem alcançado bons resultados no Planalto Central.

O produtor Edson Carlos da Silva apostou no cultivo da Eva, uma variedade de maçã semelhante à Gala, já tradicional no mercado. A espécie, adaptada para o cerrado, foi cultivada em uma área de dois hectares em sua propriedade de 12 hectares localizada em Cristalina (GO). “Em dois anos colhemos 100 toneladas de maçã. Só no ano passado foram colhidas 44 toneladas”, conta. O empresário afirma que a produção é toda destinada aos mercados de Brasília e região. Além da maçã, a Fazenda Realeza investe na produção de pêssego, goiaba, uva e atemoia.

AgroBrasília 2019

Edson Silva, proprietário da Brava, empresa parceira da AgroBrasília, após o sucesso na adaptação da maçã à região, decidiu trazer, da cidade da Lapa (PR) para o espaço da fruticultura na Feira, 50 mudas de pera, também adptadas para o cultivo na região. Essas duas novas variedades adaptadas ao cerrado estarão disponíveis em uma área demonstrativa para os visitantes do evento, entre os dias 14 e 18 de maio. A AgroBrasília também disponibilizará, no setor de fruticultura, a manga-pálmer e o caqui rama forte. O evento conta ainda com um espaço em sua grade de programação, no dia 17, dedicado à vitivinicultura, quando será realizado um workshop sobre o tema.

Mercado das frutas no Brasil

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo. De norte a sul do País são contabilizados mais de 2,5 milhões de hectares cultivados. Em relação à exportação, o Brasil ocupa a 23ª posição, sendo exportado apenas 3% do que é produzido.

Segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), as exportações de frutas tiveram alta significativa no primeiro trimestre de 2019. De janeiro a março deste ano foram exportadas 218,231 toneladas de frutas, aumento de 15% sobre o montante embarcado no mesmo período do ano passado (189,8235). As receitas cresceram em 9%, US$ 173,19 milhões ante US$ 158,86 milhões no mesmo período de 2018.

Recentemente, em reunião com produtores rurais de Petrolina, em Pernambuco, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que o governo vai trabalhar para abrir novos mercados para as exportações de frutas produzidas na região.

Tereza Cristina disse que o País pode aumentar suas exportações em várias cadeias do agronegócio, e que o setor de frutas é um dos que tem maior potencial de crescimento.

“A fruta é um exemplo do potencial que se tem de exportação. Às vezes somos muito tímidos. A gente acaba ficando na soja, no milho, no algodão, que é um setor muito organizado, o do açúcar e do álcool também, mas precisamos abrir mais mercados. Tem outras coisas, e a fruticultura é uma delas, a gente pode caminhar e muito em relação a esse segmento”, disse a ministra.

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