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A Agrobiológica Sustentabilidade, uma empresa da holding Crop Care, acaba de inaugurar o Centro Avançado de Pesquisas Johanna Döbereiner, localizado no novo complexo fabril da companhia, em Itápolis, interior de São Paulo. O moderno laboratório, com foco no desenvolvimento de bioinsumos, possui 1.800 m² e 35 salas para diferentes meios, como incubação, criação de insetos e análise molecular para desenvolvimento de novas fórmulas.
“O centro deve abranger diversas linhas de pesquisa, para isso, quadruplicamos o time de Pesquisa & Desenvolvimento, dedicado somente a essa área e que deve atuar diretamente em Itápolis. Atualmente, seguimos quatro linhas de pesquisa para desenvolvimentos de novos produtos: bioherbicidas, biofungicidas, bioinseticidas e bionematicidas. O novo laboratório é devidamente equipado para alcançarmos resultados mais qualitativos e de forma rápida. Estamos muito empolgados com essa nova fase da empresa”, comemora Rafael Garcia, fundador e CEO da Agrobiológica.
Além disso, o Centro de Pesquisa também conta com um Hub de treinamento e capacitação para o time interno da empresa. “A comercialização de produtos biológicos deve ser qualificada. O consultor precisa entender como o insumo biológico atua na lavoura para passar esse conhecimento adiante e orientar o produtor da forma correta. Portanto, toda a capacitação de novos consultores e outros agentes externos envolvidos na cadeia de produção, deve acontecer em nosso novo laboratório”, explica Helvio Ferraz, diretor de Pesquisa da Agrobiológica.
A inauguração do Centro Avançado de Pesquisa Johanna Döbereiner faz parte do processo de expansão fabril e de investimentos das empresas Crop Care, especialmente da Agrobiológica Sustentabilidade. “Investiremos mais de R$ 100 milhões na ampliação e modernização da empresa até 2025. Com essa expansão, a meta é mais que dobrar a nossa capacidade de produção, contando com esse complexo fabril moderno e tecnológico, que deve ser capaz de lançar 20 produtos já para os próximos ciclos produtivos”, afirma Marcelo Pessanha, CEO da Crop Care.
“O futuro da agricultura está em tecnologias seguras que prezam a agenda ambiental e respeitam a legislação, sem deixar de lado a rentabilidade do produtor”, finaliza.
O Centro Avançado de Pesquisa leva o nome da engenheira agrônoma e pesquisadora Johanna Döbereiner, uma das pioneiras no uso de bactérias fixadoras do nitrogênio em associação com plantas, em uma época em que poucos acreditavam que a técnica poderia competir com fertilizantes minerais.
Nascida no que é hoje a República Tcheca, Döbereiner imigrou para o Brasil em 1951, iniciando sua carreira no Laboratório de Microbiologia de Solos do antigo DNPEA, do Ministério da Agricultura, que mais tarde tornou-se a Embrapa Agrobiologia.
“Os estudos conduzidos por Johanna Döbereiner com a bactéria Rhizobium revolucionaram o cultivo de soja brasileiro. Se hoje somos um dos maiores produtores de soja do planeta, devemos a ela. Por conta de sua relevância para a agricultura brasileira, achamos que seria uma oportunidade fazer essa homenagem. Inspiramos nosso time a serem inovadores como ela”, conta Garcia.
Johanna Döbereiner chegou a ter o nome presente na lista de indicações ao Prêmio Nobel (1997). Em 1996 recebeu da Embrapa o Prêmio por Excelência e Destaque Individual.
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