Agro mantém alta e reforça superávit comercial do país

Setor soma US$ 66,3 bilhões no acumulado do ano e mantém alta de 3,6% nas vendas externas

07.11.2025 | 08:42 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento

O agronegócio brasileiro encerrou o mês de outubro com forte desempenho nas exportações. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o setor exportou US$ 6,8 bilhões no mês, resultado 21% superior ao registrado em outubro de 2024. No acumulado de janeiro a outubro, as vendas externas da agropecuária somaram US$ 66,34 bilhões, crescimento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A agropecuária foi um dos principais motores da expansão das exportações brasileiras, que totalizaram US$ 31,98 bilhões no mês — avanço de 9,1% na comparação anual. O saldo positivo da balança comercial em outubro chegou a US$ 6,96 bilhões, alta de 70,2% sobre 2024.

Soja e café impulsionam o resultado

Os produtos agrícolas tiveram papel central no aumento das exportações. Na comparação mensal, destacaram-se soja (alta de 42,7%), café não torrado (16%) e milho não moído (7%), principais itens da pauta agropecuária. No acumulado do ano, café não torrado (31,9%), especiarias (78,7%) e sementes oleaginosas — como girassol, gergelim e canola —, com alta expressiva de 84,3%, foram os produtos com maior avanço nas vendas externas.

Apesar do bom desempenho geral, alguns produtos registraram retração, como trigo e centeio (-34,3%), soja (-1,8%) e algodão em bruto (-10,4%), influenciados por variações de preços e pela concorrência internacional.

Importações do agro também crescem

As importações agropecuárias chegaram a US$ 0,48 bilhão em outubro, aumento de 3,5% frente ao mesmo mês do ano anterior. No acumulado de 2025, o valor importado pelo setor alcançou US$ 5,14 bilhões, alta de 8,1%. Entre os produtos que mais cresceram nas compras externas estão milho (23,4%), cacau em bruto ou torrado (313,1%) e borracha natural e gomas vegetais (54,4%).

Por outro lado, houve redução nas importações de pescados (-7,3%), trigo (-4,4%) e produtos hortícolas frescos (-15,1%).

China segue como principal destino

A China manteve-se como o maior parceiro comercial do Brasil e destino relevante das exportações do agro. Em outubro, as vendas brasileiras para o país asiático cresceram 33,4%, somando US$ 9,21 bilhões, com forte participação dos embarques de soja e carnes. No acumulado do ano, as exportações para o mercado chinês chegaram a US$ 84,73 bilhões, alta de 1,7% sobre 2024.

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